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Diplomatas europeus maltratados por militares israelitas

Diplomatas europeus foram hoje maltratados pelo exército israelita, durante uma operação de confiscação de tendas e ajuda humanitária destinadas aos palestinianos cujas habitações foram destruídas pelos militares na Cisjordânia.

Diplomatas europeus maltratados por militares israelitas
Notícias ao Minuto

20:25 - 20/09/13 por Lusa

Mundo Soldados

Os soldados dispersaram pela força um grupo de voluntários de organizações humanitárias, acompanhados por diplomatas europeus, que tentavam distribuir este material aos beduínos palestinianos de Makhoul, no vale do Jordão, a leste da Cisjordânia, constatou um fotógrafo da agência noticiosa AFP.

Uma diplomata francesa, Marion Fesneau-Castaing, foi retirada à força do camião que continha a ajuda.

“Uma diplomata francesa foi afastada à bruta do veículo que os militares israelitas confiscaram”, declarou à AFP uma fonte diplomática europeia, sob anonimato, indicando que a coluna humanitária era acompanhada por diplomatas de França, Reino Unido Espanha, Grécia, Suécia, Irlanda, bem como a União Europeia.

“Houve uma tentativa de instalar hoje tendas na região de Hemdat, no norte do vale do Jordão. As forças de segurança agiram para fazer respeitar uma decisão do Supremo tribunal”, disse à AFP uma porta-voz do exército israelita, que mencionou ainda o lançamento de pedras pelos palestinianos e a detenção de três destes.

Os militares demoliram na segunda-feira cerca de 50 estruturas em Makhoul, entre as quais uma dezena de habitações, por decisão do Supremo Tribunal israelita, que as considerou ilegais e decretou o local “zona militar fechada”.

“O resultado foi a deslocação de dez famílias, referentes a 48 pessoas, entre as quais 16 crianças”, indicou o serviço de coordenação dos assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (OCHA, na sigla em Inglês).

O coordenador humanitário da ONU para os Territórios Palestinianos, James Rawley, exprimiu a sua profunda inquietação com os incidentes de hoje.

Em comunicado, apelou às autoridades israelitas “a respeitar as obrigações de potência ocupante na proteção das comunidades sob a sua responsabilidade, designadamente acabando com as demolições das casas e propriedades palestinianas”.

Os militares israelitas já tinham impedido na terça-feira o Comité Internacional da Cruz Vermelha de instalar tendas para os habitantes sem abrigo, denunciaram estes.

Makhoul situa-se, à semelhança de 90% do vale do Jordão, em zona sob controlo total do exército israelita, que atribui licenças de construção de forma muito restritiva, o que obriga os palestinianos a construir de forma clandestina, segundo fontes palestinianas e das organizações de defesa dos direitos humanos.

Israel já destruiu desde o início do ano 524 estruturas pertencentes a palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém-Leste, provocando a deslocação de 862 pessoas, segundo as estatísticas da OCHA.

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