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Papa alerta para regresso do ódio, da discriminação e da intolerância

O papa Francisco advertiu hoje que sentimentos e atos que pareciam superados, como o ódio, a discriminação e a intolerância em relação às diferenças étnicas, religiosas ou nacionais, estão a voltar e a espalhar-se.

Papa alerta para regresso do ódio, da discriminação e da intolerância
Notícias ao Minuto

13:14 - 20/09/18 por Lusa

Mundo Igreja Católica

Francisco fez este alerta num discurso proferido aos participantes da Conferência Mundial sobre Xenofobia, Racismo e Nacionalismos Populistas, realizada em Roma, com vários especialistas e com representantes da igreja Católica e das Nações Unidas.

"Vivemos tempos em que parece que voltaram e que se espalham sentimentos que muitos pareciam superados, sentimentos de desconfiança, medo, desprezo e até ódio perante pessoas ou grupos considerados diferentes pela sua afiliação étnica, nacional ou religiosa", alertou.

Estas pessoas, adiantou, são por vezes classificadas como não dignas o suficiente para participar plenamente da vida da sociedade.

O papa disse ainda que esses sentimentos inspiram muitas vezes verdadeiros atos de intolerância, discriminação ou exclusão, que prejudicam seriamente a dignidade e os direitos fundamentais dessas pessoas e até mesmo o direito à vida e à integridade física e moral.

"A gravidades desses fenómenos não nos pode deixar indiferentes. Todos somos chamados, em nossos respetivos papeis, a cultivar e a promover o respeito pela dignidade intrínseca de cada pessoa humana, a partir da família -- lugar onde aprendemos desde a tenra idade os valores de partilha, aceitação, irmandade e solidariedade -- mas também nos vários contextos sociais onde estamos", disse.

Na sua intervenção, o pontífice, disse estar a pensar nos formadores e educadores, que são convidados a renovar o seu compromisso para que o respeito de cada pessoa humana seja ensinado na escola, universidade e outros locais de formação.

A comunicação social, defende Francisco, tem também uma responsabilidade acrescida.

"Num mundo em que o acesso a ferramentas de informação e comunicação é cada vez maior, recai uma responsabilidade particular sobre aqueles que trabalham no mundo das comunicações sociais, que têm o dever de se colocar ao serviço da verdade e difundir informações por meio de cuidar para fomentar a cultura do encontro e abertura ao outro, no respeito mútuo pela diversidade", referiu.

Francisco criticou ainda os que "tiram proveito económico do clima de desconfiança sobre os estrangeiros, cuja irregularidade ou legalidade da sua permanência favorece e alimenta um sistema de precariedade e exploração" considerando que estes devem fazer um exame de consciência porque um dia "terão de prestar contas perante Deus".

O papa exortou ainda os líderes de todas as religiões "a difundir entre os fiéis os princípios e valores éticos registados por Deus no coração do homem e conhecidos como a lei moral natural".

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