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Iraquiano suspeito de homicídio em Chemnitz libertado pela justiça alemã

As autoridades alemãs libertaram hoje o iraquiano de 22 anos apontado como o principal suspeito de um assassínio em Chemnitz no final de agosto que provocou protestos violentos da extrema-direita alemã, anunciou o Ministério Público local.

Iraquiano suspeito de homicídio em Chemnitz libertado pela justiça alemã
Notícias ao Minuto

16:15 - 18/09/18 por Lusa

Mundo Autoridades

"O mandado de prisão por homicídio qualificado contra o suspeito iraquiano foi levantado hoje pelo tribunal distrital de Chemnitz de acordo com as indicações do Ministério Público", disse Ingrid Burghart, porta-voz do Ministério Público de Chemnitz.

O advogado do jovem, Ulrich Dost-Roxin, assegurou que a justiça não tinha "nada em mãos" contra o seu cliente, que nega ter cometido o homicídio.

Daniel Hillig foi morto a facadas na noite de 26 de agosto e a polícia rapidamente anunciou a detenção de dois suspeitos, Yousif A. e um jovem sírio, apresentado como cúmplice e presente perto da cena do crime.

Este assassínio deu origem, algumas horas depois, a uma primeira manifestação da extrema-direita nesta cidade da Saxónia.

Os média e a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram que "caçadas coletivas" contra estrangeiros foram realizadas nessa ocasião.

"A polícia encontrou uma faca com vestígios do sangue da vítima, mas não havia impressões digitais do meu cliente" Yousif A., acrescentou o advogado na sua página na internet.

A porta-voz do Ministério Público confirmou que nenhum vestígio de ADN do jovem iraquiano havia sido encontrado na faca, mas garantiu que uma segunda faca tinha sido utilizada e "não tinha sido encontrada até agora, apesar de buscas intensivas".

"Não havia nada" indicando que o iraquiano, um requerente de asilo que chegou em 2015, perpetrou o assassínio de Daniel Hillig, de 35 anos, disse o advogado do jovem iraquiano.

"Nenhuma testemunha o viu esfaquear", disse Ingrid Burghart, embora ainda esteja a ser investigado por um suposto envolvimento numa briga em que duas pessoas ficaram feridas.

Um terceiro suspeito, um jovem iraquiano, ainda está em fuga.

Outras manifestações organizadas pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ocorreram nos dias que se seguiram ao homicídio.

Esses protestos, durante os quais alguns participantes realizaram a saudação a Hitler, chocaram a Alemanha, que vive uma crise de identidade desde a chegada de mais de um milhão de requerentes de asilo em 2015 e 2016.

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