Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 15º MÁX 21º

Um quarto dos diplomatas russos acreditados na Suíça serão espiões

Mais de um quarto dos diplomatas russos acreditados na Suíça serão espiões, revela um documento confidencial do Governo helvético ao qual a comunicação social local teve acesso.

Um quarto dos diplomatas russos acreditados na Suíça serão espiões
Notícias ao Minuto

13:18 - 16/09/18 por Lusa

Mundo Jornais

Segundo noticiam os diários 'Le Matin Dimanche" e "SonntagsZeitung', a Rússia é o país ao qual as autoridades suíças se referem no último relatório sobre segurança.

Nesse documento, que não menciona qualquer Estado em particular, as autoridades suíças alertam para a existência de espiões nas representações diplomáticas oficiais.

De acordo com os dois jornais citados, os serviços secretos suíços terão detetado agentes secretos russos com passaporte diplomático na embaixada de Berna e nos consulados de Zurique, Lausanne e Genebra.

Segundo as mesmas fontes, a maior fatia da atividade dos serviços de informações acontece em Genebra, onde se concentram organizações internacionais como as Nações Unidas.

Nos últimos dias, vieram a público informações sobre várias alegadas operações de espionagem russas na Suíça, sendo a mais destacada a que envolve o Laboratório de Spiez, organismo federal especializado em ameaças químicas, e a Agência Mundial Antidopagem, com sede em Lausanne.

As autoridades suíças confirmaram que estão a investigar a participação de dois alegados agentes secretos russos no ataque cibernético contra a Agência Mundial Antidopagem, que instruiu numerosos casos de dopagem entre atletas soviéticos, depois impedidos de representarem o seu país em competições internacionais.

A Agência Mundial Antidopagem concluiu que a dopagem dos atletas era promovida ao mais alto nível por entidades estatais russas.

Os dois alegados espiões que estão a ser investigados foram detidos há meses na Holanda, e posteriormente expulsos, acusados de preparar um ataque cibernético contra o Laboratório de Spiez, quando este analisava o agente neurotóxico com que foram envenenados o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha.

Ambos sobreviveram ao ataque, mas o caso, ocorrido em março, na Inglaterra, deu origem a uma grave crise política e diplomática entre a Rússia e vários países ocidentais, provocando expulsão de diplomatas e aplicação de novas sanções económicas contra Moscovo.

O Laboratório de Spiez está também a investigar as denúncias de ataques com gases tóxicos na Síria e num centro de referência da Organização para a Proibição de Armas Químicas.

Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros suíço -- que vai reforçar os requisitos para acreditar diplomatas estrangeiros -- convocou o embaixador russo no país para protestar contra as "tentativas de ataque" e exigir a Moscovo que ponha fim imediato às "atividades de espionagem" em território suíço.

Segundo o Le Matin Dimanche, a embaixada da Rússia na Suíça rejeitou as acusações, publicando uma mensagem na rede social Facebook: "Consideramos este género de investigações absurdas, não podem ser qualificadas doutra forma a não ser como uma nova tentativa de atiçar os humores contra a Rússia".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório