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Milhares contestam relatório da ONU sobre direitos humanos no Burundi

Milhares de manifestantes desfilaram hoje em várias localidades do Burundi para contestar um relatório das Nações Unidas que denuncia graves violações dos direitos humanos no país, que atribuem aos "constantes apelos ao ódio" do Presidente Pierre Nkurunziza.

Milhares contestam relatório da ONU sobre direitos humanos no Burundi
Notícias ao Minuto

21:21 - 15/09/18 por Lusa

Mundo Nações Unidas

O relatório, publicado a 5 de setembro, afirma que as graves violações dos direitos humanos, incluindo crimes contra a Humanidade, continuaram em 2017 e 2018, na maioria cometidos por elementos dos serviços de informações, da polícia, das forças armadas e da liga de jovens do partido no poder.

A imprensa local noticiou uma "fraca mobilização" na capital, Bujumbura, mas registou a saída às ruas de vários milhares de pessoas em diferentes regiões do país.

As autoridades do Burundi rejeitaram o relatório e as manifestações de hoje foram o culminar de uma semana de protestos que começaram logo após a apresentação do documento dos peritos da ONU.

Na terça-feira, o parlamento aprovou uma resolução a condenar o relatório e os três membros da comissão de inquérito foram declarados "persona non grata".

As autoridades do Burundi defendem que o relatório pretende "intimidar e prender os líderes de instituições chave para impedir a realização de eleições em 2020, permitindo que o caos se instale na região".

O Burundi vive uma crise política desde que o Presidente Pierre Nkurunziza anunciou, em abril de 2015, a candidatura a um terceiro mandato de cinco anos, que segundo a oposição viola a Constituição.

A sua reeleição, em julho desse ano, desencadeou uma crise política e uma vaga de violência que causou pelo menos 1.200 mortos e mais de 400 mil deslocados e levou o Tribunal Penal Internacional a abrir uma investigação.

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