Dirigentes de vários países e família na última homenagem a Kofi Annan
Dirigentes de vários países e a família prestaram hoje uma última homenagem ao antigo secretário-geral da ONU e Nobel da Paz Kofi Annan num funeral de Estado que decorreu no seu país natal, o Gana.
© Reuters
Mundo Óbito
"Durante a era tumultuosa em que dirigiu as Nações Unidas, (Annan) conciliou a compaixão, o compromisso e a habilidade diplomática para aproximar a organização da paz mundial", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante o funeral.
"Kofi Annan era a ONU e a ONU era Kofi Annan", sintetizou Guterres, assegurando que muitos encontraram no Nobel da Paz um aliado e um líder excecional capaz de unir as pessoas para trabalharem pela paz.
Entre os que assistiram ao funeral encontravam-se ex-presidentes do Gana como Jerry John Rawlings, John Agyekum Kufuor e John Dramani Mahama, assim como os chefes de Estado da Costa do Marfim, Zimbabué, Libéria, Namíbia e Níger, a ex-primeira dama da África do Sul Graça Machel, representantes da União Europeia e responsáveis dos principais organismos internacionais.
"Hoje vira-se uma página da história no Gana. Damos graças a Deus por ter utilizado Kofi Annan para a sua obra a favor da paz e da humanidade. Hoje ele terminou a sua missão", declarou Daniel Sarfo, bispo de Kumasi, cidade onde nasceu Kofi Annan há 80 anos.
O presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, designou-o de "ícone dos tempos modernos", referindo "um homem que deu a sua vida para conseguir a paz onde havia conflito e a defender os sem voz".
Os seus filhos descreveram-no como um homem generoso, que procurava a verdade e lutava pela paz.
"Era um homem de um otimismo tenaz", disse a sua filha Amma, enquanto o filho, Kojo, referiu que "a melhor homenagem a fazer" a Annan "é seguir o seu exemplo".
Kofi Annan entrou nas Nações Unidas em 1962 e foi secretário-geral da organização entre 1997 e 2007, tendo enfrentado os desafios das guerras no Afeganistão e no Iraque, após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Em 2001 recebeu o prémio Nobel da Paz em conjunto com a ONU.
Morreu a 18 de agosto na sua casa na Suíça, após uma breve doença.
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