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Papa aceita renúncia de bispo acusado de abuso sexual de menores

O papa Francisco aceitou hoje a renúncia do bispo americano Michael J. Bransfield, que, no passado, foi acusado de abuso sexual de menores na diocese de Filadélfia (EUA).

Papa aceita renúncia de bispo acusado de abuso sexual de menores
Notícias ao Minuto

14:03 - 13/09/18 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Numa breve declaração, o Vaticano informou que "Francisco aceitou a renúncia do governo pastoral da diocese de Wheeling-Charleston, apresentada por Michael J. Bransfield", substituindo-o, para já, pelo arcebispo de Baltimore, William E. Lori.

O arcebispo William E. Lori será administrador apostólico da diocese de Wheeling-Charleston, permanecendo também como arcebispo de Baltimore, até a nomeação e instalação de um novo bispo.

A nota do Vaticano não dá mais detalhes sobre a renúncia, que ocorre num momento em que foram revelados vários casos de abusos de menores por membros do clero em diferentes países.

Bransfield, que começou a sua carreira como padre na arquidiocese de Filadélfia, foi nomeado bispo de Wheeling-Charleston em 2005.

Em 2012, foi acusado de abusar sexualmente de dez crianças no final dos anos 1970 e começo dos 1980, tendo também sido associado a outros abusos posteriores, embora tenha negado as acusações.

A arquidiocese de Baltimore publicou uma nota no seu site informando que o papa encarregou o arcebispo Lori de conduzir uma investigação sobre as alegações contra o abuso sexual por parte do bispo Bransfield.

"A minha principal preocupação é o cuidado e apoio aos sacerdotes e ao povo da diocese de Wheeling-Charleston neste momento difícil", disse o arcebispo Lori, segundo a nota publicada no site.

"Eu me comprometo a conduzir uma investigação completa em busca da verdade nas acusações perturbadoras contra o Bispo Bransfield e a trabalhar em estreita colaboração com o clero, líderes religiosos e leigos da diocese até a nomeação de um novo bispo", acrescento o arcebispo.

O papa recebe hoje em audiência os membros da presidência da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, acompanhados pelo cardeal Sean Patrick O´Malley, presidente da Comissão para a Tutela dos Menores.

A reunião foi pedida pelo cardeal Daniel DiNardo, presidente da Conferência Episcopal dos EUA, com o objetivo de discutir os abusos cometidos por sacerdotes.

O cardeal Daniel DiNardo pretende que o papa autorize uma investigação do Vaticano sobre o caso do antigo cardeal Theodore McCarrick, que foi retirado do cargo em julho, acusado de molestar sexualmente e assediar menores e adultos.

O papa Francisco recusou-se a responder a um documento de 11 páginas, publicado em 26 de agosto pelo arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos Estados Unidos da América, no qual acusava Francisco de não ter sido célere na denúncia e resolução dos casos de pedofilia.

O arcebispo acusou mais de duas dúzias de pessoas do Vaticano e autoridades dos EUA de saberem e de encobrirem o antigo cardeal Theodore McCarrick, que foi acusado de molestar sexualmente e assediar menores e adultos.

Carlo Maria Vigano referiu que o papa Francisco anulou as sanções canónicas a Theodore McCarrick, que tinham sido impostas pelo papa Bento XVI em 2009 e 2010, salientado que o Vaticano sabia, pelo menos desde 2000, que o antigo cardeal dormiu com seminaristas.

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