Um casal britânico, com cerca de 50 anos, recorreu a uma clínica de fertilização in vitro dos EUA para procriar um neto com o esperma do filho morto.
Conta o The Sun, que os britânicos, que desejavam ter um herdeiro do sexo masculino econseguiram contornar as leis do Reino Unido, voando até aos Estados Unidos, onde o procedimento de seleção de género é legal.
O caso aconteceu há três anos, mas só agora foi divulgado por David Smotrich, proprietário da clínica de fertilização in vitro que ajudou o casal a alcançar o seu sonho.
De acordo com o médico, o filho dos britânicos, que querem manter o anonimato, morreu, aos 26 anos, num acidente de moto. O corpo do jovem só foi encontrado dois dias depois da sua morte, contudo, a família pediu que o seu esperma – que sobrevive até 72 horas após a morte -, fosse imediatamente congelado.
Um ano depois do acidente, o casal recorreu à clínica de David. Para que o nascimento fosse possível, os avós pagaram ainda a uma doadora de óvulos e a uma barriga de aluguer. Com todas estas despesas, o procedimento custou à volta dos 100 mil euros.
Em 2015, o casal assistiu ao nascimento do neto e, depois de terem preenchido todos os documentos, voltaram ao Reino Unido como pais legais do menino. A criança tem agora três anos e vive com os avós.
O cirurgião descreveu a família como “extremamente rica” e “notável”. Contudo, diz que não sabe como é que o casal conseguiu contornar a lei britânica, visto que, o filho biológico que morreu não era doador de esperma e ninguém pode utilizar sémen de um homem sem o consentimento deste.
Este é o primeiro caso do género no Reino Unido e apenas o quinto realizado pela clínica norte-americana.