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Tsipras apresenta primeiro programa pós-resgate em clima de contestação

Milhares de gregos manifestaram-se hoje em Salónica (norte) contra um projeto de acordo sobre o nome da Macedónia e a política económica do Governo, onde o primeiro-ministro Alexis Tsipras anunciou novas medidas económicas.

Tsipras apresenta primeiro programa pós-resgate em clima de contestação
Notícias ao Minuto

21:22 - 08/09/18 por Lusa

Mundo Grécia

um momento histórico... após oito anos, podemos agora organizar e encarar a Grécia como pretendemos, decerto no quadro responsável que decidimos", declarou hoje Tsipras durante uma visita à Feira Internacional de Salónica, onde pronunciou o seu discurso, o primeiro da era pós-resgate, e que contempla alívios fiscais e medidas sociais.

Em 20 de agosto, o Governo de coligação liderado pelo Syriza (esquerda) anunciou a saída dos designados memorandos de entendimento aplicados pelos credores internacionais (UE e FMI) desde 2010, em troca de avultados empréstimos, e que implicaram draconianas medidas de austeridade. Tsipras venceu as legislativas de 2015 e reivindica agora "o fim da recessão e da austeridade".

Entre as medidas que anunciou no seu discurso da Feira de Salónica inclui-se a redução do imposto de sociedades e do IVA, mas com o compromisso de não abandonar o caminho da estabilidade orçamental. Tsipras assinalou que este programa servirá para impulsionar a economia do país, após oito anos de crises.

"Estamos decididos a cumprir os nossos objetivos acordados para os próximos anos. Não permitiremos que a Grécia regresse à era dos défices e do descarrilamento fiscal", disse.

No exterior, cerca de 7.000 pessoas participaram em manifestações distintas contra a política económica do Governo e para assinalar a sua oposição a um recente acordo destinado a terminar com um prolongado contencioso em torno do nome definitivo da vizinha Macedónia.

"Os gregos consideram que a austeridade não terminou. O que acabou foi a obrigação dos credores de darem dinheiro ao país... mas permanece uma dura tutela", declarou Iannis Panagopoulos, líder da GSEE, a principal confederação sindical grega.

Os macedónios foram convocados para um referendo em 30 de setembro sobre a alteração do nome para "República da Macedónia do Norte", após um acordo com a Grécia em 17 de junho sobre a alteração do nome da ex-república jugoslava.

Este acordo, que também deverá ser ratificado pelo parlamento grego em 2019, destina-se a solucionar um diferendo com 27 anos e permitir os processos de adesão de Skopje à NATO e União Europeia (UE).

A Grécia tem recusado ao seu vizinho a utilização do simples nome de "Macedónia" por recear alegadas ambições territoriais sobre a sua província do norte, com o mesmo nome.

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