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Eurovisão em Israel? Europa das artes contra (entre eles portugueses)

Apelo a boicote surge de artistas palestinianos. Na Europa muitos responderam afirmativamente.

Eurovisão em Israel? Europa das artes contra (entre eles portugueses)
Notícias ao Minuto

10:30 - 08/09/18 por Pedro Filipe Pina

Mundo Boicote

Não foi consensual a vitória na Eurovisão da artista israelita Netta, com 'Toy'. Mas a polémica promete manter-se com um apelo que veio da Palestina e que começa a ter eco na Europa. É que, à imagem que vimos este ano em Portugal, o vencedor da Eurovisão tem direito a organizar o certame no ano seguinte. Mas ser Israel a organizar está a suscitar críticas à Eurovisão.

Em causa está um apelo ao boicote por parte de artistas palestinianos, um apelo que surge numa altura em que Israel tem sido alvo de críticas por uma parte da comunidade internacional. Na Europa, são já vários os artistas que juntaram o seu nome a um apelo que defende este boicote. Entre eles há nomes bem conhecidos do público português.

Recorde-se que os anos de tensão entre Palestina e Israel ganharam nova força em 2018.

Por um lado, a mudança dos EUA da sua embaixada para Jerusalém foi duro 'golpe' na defesa da ideia de dois Estados. Por outro, os protestos da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza, saldaram-se em violência. Desde 30 de março soldados israelitas mataram pelo menos 162 palestinianos que se manifestaram contra o bloqueio imposto há mais de 10 anos e exigir o direito de regresso dos palestinianos às terras de onde fugiram ou foram expulsos quando o Estado hebreu foi criado em 1948.

O boicote é claro nas suas motivações: "A Eurovisão 2019 deve ser cancelada se for organizada por Israel enquanto esta continua as suas pesadas, e já com décadas de vida, violações dos direitos humanos palestinianos". O texto do boicote de que o The Guardian dá conta sugere como alternativa que a Eurovisão decorra num país com melhor registo do que Israel, no que a violações de direitos humanos diz respeito.

Entre os artistas europeus que responderam favoravelmente ao apelo dos artistas palestinianos, encontramos nomes das artes da Finlândia, França, Canadá, Bélgica, Irlanda ou Itália, mas também de pelo menos seis artistas israelitas, que se manifestam assim contra as opções do regime de Benjamin Netanyahu (na imagem), e ainda de portugueses., com destaque para o músico José Mário Branco, uma das vozes incómodas para o Estado Novo, o escritor José Luís Peixoto, o cantor Francisco Fanhais, o diretor artístico Tiago Rodrigues, o rapper Chullage, a autora Patrícia Portela e o realizador António Pedro-Vasconcelos.

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