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Emissário da ONU alerta para risco de "tempestade devastadora" em Idleb

O emissário da ONU para a Síria alertou hoje para a possibilidade de "uma tempestade devastadora" em Idleb, pedindo a abertura de corredores humanitários que permitam aos civis abandonarem a província no noroeste do país.

Emissário da ONU alerta para risco de "tempestade devastadora" em Idleb
Notícias ao Minuto

16:16 - 07/09/18 por Lusa

Mundo Síria

"Estão reunidos todos os ingredientes para uma tempestade devastadora", afirmou Staffan de Mistura durante uma reunião especial do Conselho de Segurança sobre Idleb, último bastião rebelde na Síria onde está iminente uma ofensiva do regime.

Quase metade das mais de três milhões de pessoas em Idleb são civis deslocados de outras zonas da Síria. Na área encontrar-se-ão também cerca de 10.000 'jihadistas'.

"Uma batalha por Idleb seria uma batalha horrível e sangrenta. Os civis são vítimas potenciais e há o risco, em caso de um ataque em larga escala, de incidentes ou de uma rápida escalada entre atores regionais e internacionais", advertiu.

"São precisos corredores de saída em todas as direções, leste, norte, sul", sublinhou De Mistura, que falava através de videoconferência.

O responsável disse que "a ONU está pronta" para contribuir para a criação de tais passagens, depois de, no final de agosto, se ter declarado pronto a deslocar-se a Idleb para garantir um "corredor humanitário".

Staffan de Mistura indicou ao Conselho de Segurança ter propostas a fazer aos seus membros para separar os grupos terroristas dos civis na província, mas não deu pormenores.

Segundo o emissário da ONU, neste momento os grupos armados em Idleb estão a criar subterrâneos e trincheiras e a fazer explodir pontes.

O regime de Bashar al-Assad tem vindo a reforçar os seus efetivos junto à região na fronteira com a Turquia e, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, há vários dias que as forças pró-governamentais realizam bombardeamentos, enquanto a aviação russa tem feito alguns ataques aéreos.

O presidente russo assinalou hoje que o regime sírio "tem o direito de tomar o controlo da totalidade do seu território nacional e deve fazê-lo".

"A nossa prioridade comum e incondicional é liquidar definitivamente e incondicionalmente o terrorismo na Síria", declarou Vladimir Putin no final da cimeira com o Irão e a Turquia centrada no futuro de Idleb.

"O nosso objetivo principal neste momento é expulsar os combatentes da província de Idleb, onde a sua presença constitui uma ameaça direta à segurança dos cidadãos sírios e dos habitantes de toda a região", disse ainda.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão de manifestações a favor de reformas democráticas, já causou mais de 350.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.

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