Skripal: Agente duplo trabalhou para os serviços de espionagem espanhóis
O ex-agente russo Serguei Skripal, envenenado no Reino Unido, trabalhou nos últimos anos com os serviços secretos espanhóis com o objetivo de combater o crime organizado russo, noticia hoje o diário norte-americano The New York Times.
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Mundo Media
O jornal baseia a sua notícia em informações obtidas de um alto funcionário espanhol e de um escritor especializado em temas de segurança, acrescentando que o caso Skripal tem similitudes com o de Alexander Litvinenko, que morreu em Londres em 2006, envenenado com um isótopo radioativo, "polónio 210".
Segundo o New York Times (NYT), as autoridades espanholas reconheceram que trabalharam com Litvinenko no combate ao crime organizado em Espanha.
O diário acrescenta que Skripal teve contactos com os serviços de espionagem da República Checa e da Estónia, segundo funcionários europeus, e agora "parece que também esteve ativo em Espanha".
Um chefe da polícia espanhola na reforma disse ao jornal que a Espanha tinha um problema com o crime organizado russo.
"Não sabíamos como funcionava" e "Skripal e Lutvinenko deram-nos uma ideia mais apropriada da realidade", afirmou esse ex-responsável da polícia que não é identificado.
Serguei Skripal, um coronel dos serviços de espionagem militares russos, conhecidos como a GRU, foi um oficial de ligação militar da Rússia em Madrid em meados dos anos 90 do século passado.
Depois de se mudar para o Reino Unido em 2010, Skripal regressou a Espanha em várias ocasiões para se reunir com funcionários do Centro Nacional de Inteligência (CNI), segundo o escritor espanhol Fernando Rueda, citado pelo jornal norte-americano.
Sergei Skripal, um britânico de origem russa com 66 anos, é um antigo agente russo que colaborou com os serviços secretos britânicos.
Juntamente com a filha Yulia, 33 anos, foram encontrados semi-inconscientes num banco de jardim, tendo-se apurado mais tarde que tinham sido envenenados com um agente neurotóxico de nível militar.
Depois de estarem hospitalizados em estado grave durante semanas, ambos tiveram alta, tal como o agente Nick Bailey, que também tinha sido contaminado.
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