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Rússia, Irão e Turquia discutiram "estabilização por etapas" em Idleb

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ter discutido hoje com os seus homólogos iraniano e turco "uma estabilização por etapas" em Idleb, último bastião rebelde na Síria onde parece iminente uma ofensiva do regime de Bashar al-Assad.

Rússia, Irão e Turquia discutiram "estabilização por etapas" em Idleb
Notícias ao Minuto

15:25 - 07/09/18 por Lusa

Mundo Putin

"Discutimos medidas concretas para uma estabilização por etapas na zona de distensão de Idleb, que preveem a possibilidade de aqueles que estão prontos para o diálogo chegarem a um acordo", declarou Putin no final de uma cimeira tripartida em Teerão sobre a guerra na Síria.

"Trabalhamos e continuaremos a trabalhar para reconciliar as partes do conflito, excluindo sempre as organizações terroristas. Esperamos que estas tenham suficiente bom senso para entregar as armas e acabar com o confronto", adiantou.

O futuro de Idleb esteve no centro da reunião, tendo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pedido um cessar-fogo na região, considerando que uma ofensiva na província no noroeste da Síria provocaria "uma catástrofe, um massacre e um drama humanitário".

O presidente iraniano, Hassan Rohani, declarou na reunião que "combater o terrorismo em Idleb é uma parte inevitável da missão que consiste em trazer a paz e a estabilidade à Síria", mas adiantou que "o combate não deve fazer sofrer os civis ou conduzir a uma política de 'terra queimada'".

Putin assinalou que o regime sírio "tem o direito de tomar o controlo da totalidade do seu território nacional e deve fazê-lo".

"A nossa prioridade comum e incondicional é liquidar definitivamente e incondicionalmente o terrorismo na Síria", declarou o presidente russo no final da cimeira.

"O nosso objetivo principal neste momento é expulsar os combatentes da província de Idleb, onde a sua presença constitui uma ameaça direta à segurança dos cidadãos sírios e dos habitantes de toda a região", disse ainda.

Putin acusou "os terroristas" de utilizarem a população civil como escudo humano e assegurou dispor "de provas irrefutáveis" da preparação de "tentativas de encenação de recurso às armas químicas pelas autoridades sírias".

A Rússia e o Irão são aliados do regime sírio e a Turquia tem apoiado os rebeldes.

O comunicado final da cimeira indica que os três países acordaram resolver a questão de Idleb "num espírito de cooperação".

Idleb faz parte das "zonas de distensão" criadas nas negociações de paz de Astana, patrocinadas pela Rússia, Turquia e Irão. É para esta província que o regime tem enviado os rebeldes e civis que fez sair das áreas reconquistadas após cercos e assaltos muito violentos.

Mais de três milhões de pessoas vivem em Idleb e zonas circundantes, quase metade das quais são civis deslocados de outras zonas da Síria. Na área encontrar-se-ão também cerca de 10.000 'jihadistas'.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão de manifestações a favor de reformas democráticas, já causou mais de 350.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.

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