Presidente da China e secretário-geral da ONU unidos contra protecionismo
O Presidente chinês, Xi Jinping, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, concordaram que é necessário promover o multilateralismo face a correntes protecionistas que "danificam a ordem internacional", informou hoje a agência noticiosa oficial Xinhua.
© Reuters
Mundo Xi Jinping
O encontro decorreu no domingo, na véspera do arranque do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que traz a Pequim dezenas de chefes de Estado e do Governo dos países africanos, e deverá anunciar milhares de milhões de dólares em investimento chinês no continente.
Guterres e Xi participam hoje no FOCAC.
Citado pela Xinhua, Xi Jinping afirmou que a ONU continua a ser a "bandeira do multilateralismo" e que o mundo precisa do organismo "mais do que nunca".
"É necessário uma ONU mais forte, face à ascensão do unilateralismo e do protecionismo, que constituem um duro golpe para a ordem internacional e o sistema global de governação", afirmou.
O líder chinês garantiu ao secretário-geral da ONU que Pequim não deseja obter contrapartidas políticas ou privilégios em África.
Citado pela agência, o português afirmou que a ONU valoriza a cooperação entre a China e o continente africano, assinalando que o crescimento do país asiático é uma "tendência imparável" e de grande importância para o desenvolvimento e paz mundiais.
Pequim tem vindo a reclamar maior protagonismo na governação de assuntos globais, desde a ascensão ao poder, em 2017, do Presidente norte-americano, Donald Trump, que rasgou compromissos internacionais sobre o clima, comércio livre, migração ou nuclear.
A "solução chinesa" materializa-se na "Nova Rota da Seda", um gigantesco plano de infraestruturas lançado pelo Presidente do país, Xi Jinping, e avaliado em 778 mil milhões de euros, visando reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático.
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