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Coligação liderada por Riade admite erros em ataque que matou crianças

A coligação internacional sob comando da Arábia Saudita que intervém militarmente no Iémen reconheceu hoje "erros" durante um raide aéreo realizado em agosto último que resultou na morte de cerca de 40 crianças.

Coligação liderada por Riade admite erros em ataque que matou crianças
Notícias ao Minuto

16:39 - 01/09/18 por Lusa

Mundo Iémen

O ataque, condenado fortemente pela comunidade internacional e que fez um número total de 51 mortos, ocorreu num setor rebelde no norte do Iémen.

De acordo com as conclusões de um inquérito aberto pela coligação, "erros" foram cometidos e os responsáveis devem ser "punidos", indicou uma fonte oficial da coligação, citado pela agência noticiosa francesa France Presse (AFP).

O ataque, ocorrido a 09 de agosto, atingiu um autocarro que transportava crianças perto de um mercado muito frequentado em Dahyan, na província de Saada, bastião dos rebeldes conhecidos como Huthis, no norte do Iémen.

O raide aéreo foi imediatamente atribuído à coligação internacional que apoia as forças governamentais iemenitas contra os rebeldes.

O ataque desencadeou uma forte condenação internacional, que pediu a abertura de uma investigação.

O Conselho de Segurança da ONU pediu uma investigação "credível e transparente".

A coligação afirmou sempre que o autocarro transportava rebeldes.

Hoje, numa conferência de imprensa em Riade, Mansour al-Mansour, porta-voz da comissão responsável pelo inquérito ao raide aéreo, reiterou que o autocarro transportava "líderes Huthis" e que alguns rebeldes morreram no ataque.

Mas o raide "também causou danos colaterais", acrescentou o representante, referindo-se à morte das crianças, e os responsáveis devem ser "punidos".

Segundo o responsável, e entre os vários erros identificados, a ordem para não atingir o autocarro, que se encontrava numa zona de grande frequência de civis, chegou tarde de mais junto aos operacionais.

O Iémen é palco de uma guerra desde 2014, entre os rebeldes conhecidos como Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que já causou mais de 10.000 mortos.

Os rebeldes tomaram vastas áreas do território, incluindo a capital, Sanaa.

Desde março de 2015, o governo é apoiado por uma coligação internacional árabe, que inclui a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Segundo a ONU, o Iémen vive uma das piores crises humanitárias no mundo.

As Nações Unidas convidaram no passado dia 17 de agosto o governo iemenita e os rebeldes Huthis para as negociações em Genebra para tentar encontrar uma solução para a guerra civil no Iémen. As discussões estão convocadas para 6 de setembro.

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