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Brexit: Ministro britânico admite que prazo de outubro pode ser adiado

O ministro para o Brexit, Dominic Raab, admitiu hoje que o Governo do Reino Unido e a União Europeia podem não conseguir cumprir o prazo que definiram para concluir um acordo de divórcio até outubro.

Brexit: Ministro britânico admite que prazo de outubro pode ser adiado
Notícias ao Minuto

16:50 - 29/08/18 por Lusa

Mundo Dominic Raab

Outubro continua a ser o objetivo de ambas as partes, mas há uma "possibilidade de se arrastar para além disso", disse o ministro a uma comissão na Câmara dos Lordes.

Tanto para o Reino Unido como para a UE "há alguma margem de manobra", disse.

O prazo foi definido para permitir que o acordo seja aprovado no Conselho Europeu previsto para 18 e 19 de outubro, a tempo de ser ratificado pelos parlamentos de todos os Estados-membros antes da data formal de saída do Reino Unido da UE, 29 de março de 2019.

As negociações estão num impasse devido a divergências no executivo britânico sobre quão próxima deve ser a relação económica e comercial com a UE.

Uma proposta de acordo anunciada pela primeira-ministra, Theresa May, em julho, recomenda uma "área de comércio livre de bens" entre o Reino Unido e a UE após o Brexit.

Essa proposta é contestada pelos que, dentro do executivo britânico, defendem um "hard Brexit", que implica a saída de todos os mecanismos europeus e permite a negociação de acordos de comércio livre com países terceiros.

A proposta também não foi bem recebida pelos líderes europeus, que recusam que Londres venha a beneficiar das vantagens de pertencer à União sem as desvantagens, o chamado "cherry picking", expressão que significa apanhar cerejas e, num sentido figurado, escolher o que agrada mais.

Sem solução continua também a delicada questão da fronteira irlandesa e a necessidade de evitar uma fronteira física entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, Estado-membro da UE.

Raab disse que 80% do acordo está negociado e instou a UE a "mostrar ambição, pragmatismo e energia" nas negociações.

"Mantenho a confiança de que um acordo está ao nosso alcance", disse.

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