Aquela agência lançou hoje um alerta para a possível propagação do vírus a outros países asiáticos "a qualquer momento", a partir da China, onde surgiu este mês e se tem expandido rapidamente.
Mais de 24.000 porcos foram abatidos, em quatro províncias do país, num esforço para travar a doença, que é altamente contagiosa, mas só afeta porcos e javalis.
A China produz anualmente 600 milhões de porcos e a carne de porco é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60% do total do consumo de proteína animal no país.
A flutuação do preço daquela carne é sensível e o Governo guarda uma grande quantidade congelada, para pôr no mercado quando os preços sobem.
Em comunicado, a FAO explicou que a doença poderá ultrapassar as fronteiras do país para o sudeste asiático ou a península coreana.
"O transporte de produtos à base de carne de porco pode propagar a doença rapidamente", aponta o chefe de Serviço Veterinário da FAO, Juan Lubroth.
O vírus pode sobreviver por muito tempo em climas muito frios ou quentes e estar presente em produtos de carne secos ou curados.
No início deste mês, em Shenyang, no nordeste do país, foi reportado o primeiro surto da doença, com 47 porcos infetados, e que acabaram por morrer.