Coligação liderada por Riade acusa ONU de fazer o jogo dos rebeldes
A coligação internacional sob comando da Arábia Saudita que intervém militarmente no Iémen acusou hoje a ONU de fazer o jogo dos rebeldes Huthis, depois da atribuição de ataques mortíferos à força conduzida por Riade.
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Mundo Iémen
"Estamos surpreendidos com as declarações de alguns funcionários da ONU (...) que assumem posições parciais contendo alegações sobre ataques", declarou o porta-voz da coligação internacional liderada por Riade, Turki Al-Maliki.
Na semana passada, o secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, acusou a coligação internacional de ser responsável por dois raides aéreos que mataram, a 23 de agosto, 26 crianças em Al-Douraïhimi, na zona oeste do Iémen.
"É como adotar a versão dos Huthis e propagá-la pelo mundo", afirmou o coronel saudita, em declarações citadas pelas agências internacionais.
"Todos sabemos que as organizações da ONU estão sob a pressão dos Huthis e certas declarações podem resultar dessas pressões", prosseguiu o representante saudita.
Turki Al-Maliki realçou ainda que "não existe guerra sem danos colaterais", mas sem abordar de forma explícita uma eventual autoria dos recentes raides.
O Iémen é palco de uma guerra desde 2014, entre os rebeldes conhecidos como Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que já causou mais de 10 mil mortos.
Os rebeldes tomaram vastas áreas do território, incluindo a capital, Sanaa.
Desde março de 2015, o governo é apoiado por uma coligação internacional árabe, que inclui a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Segundo a ONU, o Iémen vive uma das piores crises humanitárias no mundo.
As Nações Unidas convidaram no passado dia 17 de agosto o governo iemenita e os rebeldes Huthis para as negociações em Genebra para tentar encontrar uma solução para a guerra civil no Iémen. As discussões estão convocadas para 06 de setembro.
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