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Frontex: Crise migratória atual não chega a metade da de 2015

O diretor-executivo da Frontex assegurou hoje que "não se está em metade de crise migratória" como a vivida em 2015, ainda que tenha reconhecido que Espanha está no topo dos países destinos de imigração ilegal "pela primeira vez".

Frontex: Crise migratória atual não chega a metade da de 2015
Notícias ao Minuto

20:22 - 23/08/18 por Lusa

Mundo Migrações

Em conferência de imprensa promovida pela Agência Europeia da Guarda de Fronteira e Costa (Frontex), em Algeciras, no sul de Espanha, Fabrice Leggeri afirmou que "não se está em tão má situação".

Leggeri, que se deslocou a Algeciras para supervisionar duas operações de controlo da migração, revelou que, desde o início do ano e até à data, registaram-se 75.000 entradas de imigrantes ilegais na União Europeia (UE), quando o número totalizou 1,8 milhões de pessoas em 2015.

O responsável afirmou ainda que, em 2018, o número de migrantes que entrou na UE foi 43% mais baixo do que no ano passado e que as intercetações nas valas fronteiriças que separam Ceuta e Melilla de Marrocos, no norte de África, desceram 70%.

Nos primeiros oito meses do ano, 26.500 pessoas foram detetadas na nova rota de Marrocos para Espanha, mais do dobro do ano passado e cinco vezes menos do que em 2016.

Pese embora os decréscimos constatados neste ano, Fabrice Leggeri admitiu que "a pressão migratória é forte", referindo que a mudança dos fluxos migratórios desde a Líbia a Marrocos colocou em junho Espanha "na primeira linha da migração" na UE.

Os naturais de Marrocos, Guiné-Conacri e Mali somam o número mais alto de chegadas a Espanha este ano.

Leggeri explicou que a rota via Marrocos é considerada mais segura e curta do que a que atravessava o Mediterrâneo através da Líbia, uma informação em que "as redes sociais jogam um papel importante", uma vez que "os migrantes que chegam à Europa oferecem informação acerca das rotas e dos preços".

Um 'modus operandi' específico usado pelos marroquinos é atravessar o estreito de Gibraltar em moto aquática, praticando-se o preço de 3.000 euros.

Frontex detetou também um incremento no número de menores marroquinos, mais 50% do que em 2017.

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