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Japão vai aumentar controlo da radioactividade

A Autoridade Reguladora Nuclear do Japão decidiu aumentar, de forma significativa, as inspeções ao fundo marinho junto à acidentada central nuclear de Fukushima para verificar os níveis de radioactividade no oceano, noticiou ontem o diário Yomiuri.

Japão vai aumentar controlo da radioactividade
Notícias ao Minuto

07:05 - 15/09/13 por Lusa

Mundo Fukushima

Apesar de se terem vindo a realizar análises ao fundo marinho, a autoridade reguladora nipónica decidiu aumentar a sua amplitude e, nesse sentido, irá examinar 6.000 pontos diferentes, numa área de mil quilómetros quadrados, devido à crescente preocupação, tanto no Japão como no estrangeiro, em relação às fugas de água radioativa da central, segundo escreve o jornal.

Os resultados, a serem conhecidos na primavera, afiguram-se indispensáveis para avaliar o impacto a longo prazo que as fugas de água contaminada podem ter na atividade pesqueira da zona.

A TEPCO, operadora da central de Fukushima, admitiu, recentemente, que cerca de 300 toneladas de água radiativa são vertidas diariamente, a partir do subsolo dos edifícios dos reatores para o Oceano Pacífico.

Em causa, está a água dos aquíferos naturais que correm debaixo da central, danificada pelo sismo seguido de tsunami, de 11 de março de 2011, que se misturam com a água contaminada usada no arrefecimento dos reatores.

Estas revelações levaram os pescadores da zona a deixarem de pescar e a Coreia do Sul a aumentar, na semana passada, a proibição de importação de produtos pesqueiros de oito províncias japonesas, incluindo Fukushima, na sequência das fugas de radiação para o mar no país vizinho.

Na realização dos exames aos níveis de contaminação, numa área de mil quilómetros quadrados em torno da central nuclear, um barco utilizará um tubo de borracha, que contém um medidor para estabelecer os níveis de densidade de césio metro a metro do fundo marinho.

Este dispositivo foi recentemente desenvolvido por cientistas da Universidade de Tóquio em colaboração com outras organizações.

“Se pudermos examinar onde se acumula o césio, fazendo uma amostra completa do fundo do mar, (…) poderemos utilizar essa informação para controlar a contaminação”, explicou ao diário nipónico um responsável da Autoridade Reguladora Nuclear do Japão, que não é identificado.

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