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Erdogan acusa EUA de darem "facada nas costas" da Turquia

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou hoje os Estados Unidos de "conspiração" para desvalorizar a moeda turca e de terem dado uma "facada nas costas" do país aliado.

Erdogan acusa EUA de darem "facada nas costas" da Turquia
Notícias ao Minuto

15:34 - 13/08/18 por Lusa

Mundo Tensão

"Por um lado, estão connosco na NATO, e por outro tentam dar uma facada nas costas do vosso aliado estratégico. Isso é aceitável?", afirmou Erdogan num discurso em Ancara.

"Por um lado, dizem ser nosso parceiro estratégico e, por outro, dão-nos tiros nos pés", prosseguiu.

A Turquia e os Estados Unidos, parceiros na NATO, atravessam uma crise diplomática relacionada, entre outras questões, com a detenção pela justiça turca de um pastor evangélico norte-americano, Andrew Brunson, acusado de "espionagem" e de "terrorismo".

Em reação à falta de resposta ao pedido que fizeram para que fosse libertado, os Estados Unidos adotaram no princípio do mês sanções inéditas contra os ministros da Justiça, Abdülhamit Gül, e do Interior, Suleyman Soylu.

A tensão diplomática acentuou a desvalorização da lira turca, que perdeu 25% do seu valor desde o início do mês, e 40% desde o início do ano.

Na sexta-feira, a situação agravou-se ainda mais com o anúncio, pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, de que autorizou a duplicação das taxas às importações de aço e alumínio da Turquia.

"Adotar uma atitude tão hostil contra um aliado na NATO [...] não tem qualquer explicação razoável", disse o Presidente turco.

Erdogan dedicou parte do seu discurso a tranquilizar os agentes económicos, afirmando que "as dinâmicas económicas da Turquia são sólidas, fortes e bem alicerçadas" e que os problemas atuais se devem "a operações".

Além da tensão com Washington, os mercados mostram preocupação com a política económica da Turquia, nomeadamente a recusa do banco central turco de subir a taxa de juro para apoiar a moeda e controlar a inflação.

No discurso, Erdogan acusou por outro lado utilizadores das redes sociais de publicarem comentários que prejudicam a economia.

"Nas redes sociais há numerosos terroristas económicos. O nosso aparelho judicial passou à ação. Onde os apanharmos, dar-lhes-emos o castigo que merecem", disse, horas depois de as autoridades anunciarem uma investigação a 346 contas em redes sociais por mensagens críticas da economia.

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