Netanyahu volta a defender lei Estado-nação após protestos
O primeiro-ministro israelita voltou a defender a controversa lei que define Israel como Estado-nação do povo judaico, após milhares de árabes israelitas terem ocupado uma das praças centrais de Telavive, no sábado, contra a decisão.
© Lusa
Mundo Israel
"Não há maior prova da necessidade desta lei nacional", afirmou Benjamin Netanyahu na conta oficial da rede social Twitter, referindo-se a um vídeo que mostra os manifestantes a levantarem a bandeira da Palestina.
Netanyahu garante que vai continuar a "levantar a bandeira de Israel e a cantar o hino nacional com muito orgulho".
Milhares de árabes israelitas manifestaram-se no sábado em Telavive contra a lei polémica que define Israel como o Estado-nação do povo judaico.
A concentração, que decorreu na praça Yitzhak Rabin, foi convocada por organizações representativas da minoria árabe israelita, que constitui 17,5% da população, enquanto na semana passada os drusos, uma outra minoria, realizaram uma grande manifestação também contra esta lei.
אין עדות טובה יותר לנחיצותו של חוק הלאום. אנו נמשיך להניף את דגל ישראל בגאון ולשיר את התקווה בגאווה גדולה pic.twitter.com/thVUDJ4PDh
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) August 11, 2018
Os árabes israelitas são os descendentes dos palestinianos que se mantiveram nas suas terras após a criação do Estado de Israel, em 1948. Para as minorias drusa e árabe, a lei, aprovada no mês passado, torna-os cidadãos de segunda categoria.
Judeus israelitas juntaram-se aos manifestantes, que gritavam em hebreu e árabe "igualdade, igualdade", "não vamos calar-nos, o 'apartheid' não passará", enquanto chamavam "fascista" ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
A lei, aprovada no parlamento israelita em 19 de julho, com o apoio do Netanyahu, confere aos judeus o direito "único" à autodeterminação em Israel e proclama que o hebreu é a única língua oficial de Israel, enquanto o árabe tem um estatuto "especial" que não foi definido.
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