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Oposição denuncia tortura a deputado acusado de participar em atentado

A oposição da Venezuela denunciou hoje que o deputado Juan Requesens, acusado de participar no atentado de sábado contra o Presidente Nicolás Maduro, está a ser alvo de "tortura e maus-tratos cruéis".

Oposição denuncia tortura a deputado acusado de participar em atentado
Notícias ao Minuto

06:13 - 11/08/18 por Lusa

Mundo Venezuela

O deputado da oposição José Manuel Olivares divulgou um vídeo nas redes sociais onde alegadamente se vê Juan Requesens, sujo, num estado que a oposição diz ser de consciência alterada, "difícil de explicar numa pessoa que está sob vigilância extrema".

"Os sinais clínicos de Juan Requesens demonstram que há um alteração das condições cognitivas. Isto está associado à administração de fármacos que afetam a consciência", explica o deputado na sua conta oficial da rede Twitter.

De acordo com Olivares, "outros efeitos destes fármacos podem ser movimentos descoordenados, dilatação de pupilas, perda de controlos de esfíncteres".

"Exigimos que seja atendido por médicos do Comité Internacional da Cruz Vermelha e que se realizem provas toxicológicas", sublinha.

O mesmo deputado afirma que "a intoxicação por 'escopolamima' ou 'burundanga' afeta a consciência.

O Governo venezuelano pediu sexta-feira à Interpol que emita um alerta vermelho contra o deputado e ex-presidente do parlamento, Júlio Borges, que acusa de envolvimento no atentado do passado sábado contra o Presidente Nicolás Maduro.

O anunciou foi feito pelo ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, durante numa conferência de imprensa, em Caracas, durante a qual divulgou um vídeo em que o deputado opositor, Juan Requesens, atualmente detido, relacionava o ex-presidente do parlamento com o atentado.

No vídeo, Juan Requesens afirma que foi contactado, há várias semanas, por Júlio Borges, que lhe "pediu o favor de fazer passar uma pessoa (Juan Monastério) da Venezuela para a Colômbia", mas que "nunca teve contacto físico com ela, apenas por mensagens".

O deputado terá entrado em contacto com Maurício Jiménez, supervisor de migração, para processar o pedido, desde San António del Táchira (sudoeste da Venezuela) a Cúcuta, na Colômbia.

"Por isso solicitamos um código vermelho", disse o ministro, precisando que o ex-presidente do parlamento venezuelano se encontra radicado em Bogotá, na Colômbia.

No sábado, duas explosões que as autoridades dizem terem sido provocadas por dois drones obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

O Governo venezuelano acusou a oposição de estar envolvida no atentado, em conjunto com opositores radicados no estrangeiro.

Pelo menos dez pessoas foram detidas pelas autoridades pelo alegado envolvimento no atentado.

As autoridades tentam localizar outras 15 pessoas alegadamente envolvidas no atentado.

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