Suecos cada vez mais preocupados com clima a um mês das legislativas
O clima passou para segundo lugar nas preocupações dos suecos, atrás da imigração, a um mês das eleições legislativas, segundo uma sondagem hoje divulgada, depois da vaga de calor e fogos florestais que o país enfrentou em julho.
© Reuters
Mundo Fogo
A sondagem, realizada pelo instituto Demoskop entre 02 e 07 de agosto e publicada no jornal Expressen, indica que 16% dos inquiridos apontam o ambiente como sua principal preocupação, quando falta um mês para as legislativas de 09 de setembro.
Os problemas ambientais destronam assim a saúde, que desceu para terceiro lugar (13% dos inquiridos consideram-na a questão prioritária).
"É pena que se tenha esperado que houvesse seca e incêndios para que o ambiente se tornasse uma preocupação principal", declarou o secretário-geral do partido do Centro, Michael Arthursson, citado pelo Expressen.
A Suécia, que em algumas zonas praticamente não registou precipitação em quase três meses, teve o mês de julho mais quente dos dois últimos séculos e meio, bem como os fogos florestais "maiores da época moderna", segundo as autoridades.
Pelo menos 20.000 hectares foram consumidos pelas chamas, segundo a Agência Sueca de Proteção Civil (MSB), mas não houve vítimas mortais.
Mal equipada para combater incêndios de tais dimensões, o país tece de pedir ajuda aos vizinhos, ativando o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, bem como o Centro Euro-Atlântico de Coordenação das Respostas em Casos de Catástrofe, que depende da NATO.
Portugal, Itália, França, Alemanha, Polónia, Lituânia, Áustria e Dinamarca responderam ao apelo enviando homens e material.
O Governo sueco anunciou, no final de julho, uma ajuda de 1,2 mil milhões de coroas (117 milhões de euros) para as explorações agrícolas.
De acordo com a mesma sondagem, a imigração continua a ser a principal preocupação de 23% dos eleitores inquiridos.
A Suécia registou 400.000 pedidos de asilo desde 2012, ou seja um por 25 habitantes, um recorde na Europa, com um pico de 162.000 em 2015.
A vice-primeira-ministra sueca, Isabella Lövin, considera que a imigração e o combate às alterações climáticas são duas preocupações com o mesmo nível de importância.
"Se nada fizermos para combater as ameaças climáticas, teremos centenas de milhões de refugiados a fugir de furacões, da seca e das más colheitas", declarou a governante ao Expressen.
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