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Imprensa chinesa condena táticas "egoístas" de Estados Unidos

A imprensa estatal chinesa crítica hoje aqueles que usam táticas "egoístas" para tentar impedir a ascensão da China, numa aparente referência ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que iniciou uma guerra comercial com Pequim.

Imprensa chinesa condena táticas "egoístas" de Estados Unidos
Notícias ao Minuto

08:20 - 09/08/18 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Um comentário da agência noticiosa oficial Xinhua, reproduzido na capa dos principais jornais chineses, afirma que "algumas pessoas, não dispostas a aceitar o despertar do leão, adotaram o unilateralismo, protecionismo e intimidação".

"Estes são desafios que não podem ser evitados e que teremos que enfrentar", acrescenta.

Trump impôs já taxas alfandegárias de 25% sobre mais de 29 mil milhões de euros de importações oriundas da China, contra o que considera serem "táticas predatórias" por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu setor tecnológico.

As autoridades chinesas estão a encetar um plano designado "Made in China 2025", para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Esta semana, Trump confirmou que vai impor taxas adicionais sobre o equivalente a mais 13,7 mil milhões de euros de bens chineses, a partir de 23 de agosto.

O comentário da Xinhua surge numa altura em que a liderança chinesa reúne em Beidaihe, um resort no litoral norte da China.

A reunião, que ocorre todos os anos, serve para os líderes máximos do país discutirem estratégias de governação. Este ano, o tópico principal deverão ser as disputas comerciais com Washington.

"Certas pessoas estão egoistamente a agir contra os limites da moral, ao erguer arbitrariamente barreiras comerciais", acrescenta a Xinhua.

Pequim retaliou já com taxas sobre o mesmo valor de importações norte-americanas, atingido sobretudo produtos agrícolas, com destaque para a soja.

No entanto, Trump disse já estar pronto para impor taxas alfandegárias sobre 430 mil milhões de euros de produtos chineses, cerca da totalidade das importações norte-americanas da China.

Neste caso, Pequim não poderia retaliar no mesmo montante, visto que tem um excedente de 323 mil milhões de euros - quase o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) português - no comércio com os EUA.

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