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Nairobi assinala 20 anos de atentado contra embaixada dos EUA
O Quénia assinalou esta terça-feira os 20 anos desde os atentados da Al-Qaeda contra as embaixadas dos Estados Unidos da América (EUA) em Nairobi e Dar es Salaam, na Tanzânia, que mataram mais de 220 pessoas.
© Reuters
Mundo Quénia
Na manhã de 7 de agosto de 1998, uma forte explosão atingiu a embaixada dos EUA em Nairobi, seguindo-se um outro rebentamento, minutos depois, em Dar es Salaam.
Os dois ataques, que marcaram a entrada da organização terrorista Al-Qaeda no cenário internacional, terão provocado a morte de 224 pessoas e ferido cerca de 5 mil.
Em Nairobi, uma cerimónia de homenagem aos mais de 200 mortos na capital queniana reuniu sobreviventes e familiares das vítimas.
No ato, realizado num parque construído para recordar os mortos, foram acendidas velas e colocadas coroas de flores junto ao muro em que estão inscritos os nomes das 213 vítimas mortais.
"Os terroristas tentaram semear medo e divisão, mas falharam", disse o embaixador norte-americano no Quénia, Robert Godec, citado pela agência espanhola, Efe.
"Vinte anos depois, os quenianos estão orgulhosos de lutar contra o terrorismo junto dos nossos aliados pela segurança das nossas famílias, das nossas comunidades e do nosso país", salientou o diretor do Centro Antiterrorista do Quénia, Martin Kimani.
O responsável destacou que a aliança entre o Quénia e o Estados Unidos da América resultou numa redução do número e da gravidade dos ataques terroristas na região.
"Naquele dia, a ambição e o apetite dos membros da Al-Qaeda cresceu para os ataques em massa, e desde então, muitas partes do mundo sofreram ataques repetidos de terroristas", conclui Kimani.
O ataque em Dar es Salaam matou 11 pessoas.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também apontou que "a parceria com os aliados africanos está mais forte que nunca", de acordo com um comunicado citado pela agência The Associated Press.
O líder da organização terrorista, Osama bin Laden, tornar-se-ia conhecido em todo o mundo três anos mais tarde, com os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que mataram perto de 3.000 pessoas.
Em 2013, o Quénia enfrentou um novo atentado, realizado pelo grupo Al-Shebab, leal às ideias da Al-Qaeda, que matou 67 pessoas num ataque ao centro comercial Westgate, que matou 67 pessoas.
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