'Madame de Manhattan' interrogada na investigação a eleição de Trump
A equipa do procurador especial Robert Mueller, que investiga o envolvimento russo nas eleições norte-americanas, interrogou na quarta-feira Kristin Davis, designada 'Madame de Manhattan' por promover encontros entre prostitutas e clientes ricos nova-iorquinos.
© Reuters
Mundo Kristin Davis
A informação foi avançada pelas estações televisivas CNN e NBC, que, citando fontes conhecedoras do assunto, asseguraram que Davis [na imagem, em 2013] participou "voluntariamente" no interrogatório de Mueller.
Este procurador especial, ex-diretor da polícia federal (FBI, na sigla em inglês), está a investigar a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 e a eventual existência de conluio entre o Kremlin e a campanha de Donald Trump.
Questionado pela Efe, um membro da equipa de Mueller escusou-se a confirmar a informação daquelas televisões.
Os investigadores estão alegadamente interessados nos vínculos de Davis com Roger Stone, um amigo de Trump, que pertenceu à sua equipa de campanha, da qual saiu em agosto de 2015.
Segundo aqueles meios, Stone, apesar de ter saído da campanha, continuou a assessorar Trump, se bem que de forma informal.
Em 2016, terá falado com o fundador da Wikileaks, Julian Assange, sobre as mensagens de correio eletrónico do Partido Democrata, que o seu portal tinha obtido e que tinha informação prejudicial para Hillary Clinton, então rival eleitoral do atual presidente.
Em declaração enviada à CNN e NBC, Stone explicou que é amigo de Davis "desde há muito tempo".
"Ela", acrescentou, "não sabe nada sobre a coordenação russa, a colaboração da WikiLeaks ou qualquer outra infração relacionada com as eleições de 2016, que pensei que era o tema dessa investigação. Considerou que apareceu voluntariamente. Estou seguro de que testemunhará com sinceridade, se lhe pedirem que o faça".
Stone e Davis trabalharam juntos em 2010, quando a 'Madame' se apresentou às eleições para a governação de Nova Iorque com uma plataforma polémica designada "contra as proibições", em que defendia a legalização das armas, da prostituição, da marijuana e do casamento homossexual.
Davis foi detida em 2013 por tentar vender drogas a um indivíduo que cooperava com o FBI, tendo sido condenada a dois anos de prisão, e libertada em maio de 2016.
A alcunha de 'Madame de Manhattan' foi cunhada pelos tabloides de Nova Iorque, depois de Davis ter admitido publicamente que arranjava prostitutas para a elite endinheirada e famosa da cidade.
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