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Sánchez não quer abrir "mais nenhuma via judicial" na Catalunha

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, assegurou hoje que não pretende abrir "mais nenhuma via judicial" na Catalunha e insistiu que vai defender a legalidade e o cumprimento do Estatuto de Autonomia.

Sánchez não quer abrir "mais nenhuma via judicial" na Catalunha
Notícias ao Minuto

15:51 - 03/08/18 por Lusa

Mundo Espanha

Em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Sánchez pediu também ao líder do Partido Popular (PP), Pablo Casado, que os populares sejam "tão leais", sobretudo na questão da Catalunha, como o seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi com o Governo de Mariano Rajoy.

O primeiro-ministro disse considerar que a questão da Catalunha é uma crise política, pelo que deve ser resolvida politicamente e sempre "com a Constituição na mão".

O Governo de Madrid, disse, vai estar atento a "eventuais violações", mas não deseja abrir novas vias judiciais, uma resposta à proposta de Casado de apoiar o executivo, com a maioria de que dispõe no Senado, se Sánchez quiser ativar novamente o artigo 155.º, que suspende a autonomia, na Catalunha.

O primeiro-ministro afirmou por outro lado que a reunião desta semana da comissão bilateral Governo-Generalitat (governo regional catalão), a primeira em sete anos, foi um "bom ponto de partida".

Sánchez disse-se surpreendido com notícias em alguns 'media' sobre acordos alcançados na referida reunião, assegurando que apenas foi combinado prosseguir o diálogo em comissões setoriais.

O que esta comissão visa, disse, é formalizar a normalização das relações institucionais, o que lhe "parece de uma importância política fundamental".

Pedro Sánchez disse ainda estar consciente de que a solução do problema catalão passa por uma votação dos catalães, mas que difere dos independentistas ao considerar que um acordo que seja votado tem de representar 80% da sociedade catalã.

O artigo 155.º da Constituição espanhola foi aplicado na Catalunha em 27 de outubro, como resposta à declaração unilateral de independência da região.

Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro depois de o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ter aprovado no parlamento, em 01 de junho último, uma moção de censura contra o executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), com o apoio do Unidos Podemos (extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

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