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Rússia reafirma que presença militar na RCA é apenas para formação

A Federação Russa reafirmou hoje que a presença militar que tem na República Centro-Africana (RCA) visa apenas o treino e formação das forças locais, sem participação em combates, na sequência do homicídio de três jornalistas russos naquele país.

Rússia reafirma que presença militar na RCA é apenas para formação
Notícias ao Minuto

13:33 - 03/08/18 por Lusa

Mundo Maria Zakharov

Em conferência de imprensa realizada em Moscovo, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, recordou que os militares russos foram destacados para a RCA "a pedido do presidente deste país", mas "não estão envolvidos nos combates" e "só se preocupam com a formação".

De acordo com fontes ligadas às autoridades da Rússia e da RCA, o repórter Orkhan Djemal, o documentarista Alexandre Rastorgouiev e o repórter de imagem Kiril Radtchenko, foram assassinados, segunda-feira à noite, perto de Sibut por homens armados.

Os três jornalistas russos assassinados na RCA investigavam a presença da Wagner, empresa paramilitar russa, no país, disse na quarta-feira o organismo de investigação financiado por Mikhail Khodorkovski. Todos trabalhavam para o Centro de Gestão de Investigações, um projeto lançado pelo ex-oligarca e oposicionista russo no exílio, Mikhail Khodorkovsky.

Na conferência de imprensa de hoje, Maria Zakharova esclareceu que estão atualmente 175 instrutores russos a operar na RCA, "cinco dos quais são militares e 170 são civis".

Na mesma ocasião, a porta-voz acusou alguns meios de fazer "todos os esforços para distorcer informações e coisas reais sobre a presença de instrutores russos" na RCA.

"Com a ajuda de especialistas russos, cerca de 600 soldados africanos [da RCA] foram treinados e muitos já começaram a cumprir a missão de combater os grupos armados ilegais e proteger a população civil", disse Maria Zakharova, citada pela agência AFP.

Desde o início de 2018 que a Rússia tem colocado instrutores militares na RCA, entregando igualmente armas ao exército nacional, além de garantir a segurança do Presidente da República, Faustin-Archange Touadéra.

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