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Lixo poderá estar na origem da exposição de Skripal a 'novichok'

A polícia britânica está a equacionar a possibilidade de que a recente exposição de duas pessoas no Reino Unido ao agente neurotóxico 'novichok' poderá ter ocorrido através do lixo, tendo iniciado testes laboratoriais nesse sentido, foi hoje divulgado.

Lixo poderá estar na origem da exposição de Skripal a 'novichok'
Notícias ao Minuto

18:11 - 02/08/18 por Lusa

Mundo Reino Unido

A Polícia Metropolitana de Londres enviou hoje dois contentores de lixo para o laboratório militar de Porton Down, o mesmo que identificou o uso da substância 'novichok' (um agente neurotóxico desenvolvido pela então União Soviética no final do período da Guerra Fria) no ataque ocorrido em março passado contra o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha Yulia Skripal, caso que originou uma grave crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente.

A decisão da polícia britânica ocorre depois de várias conversas com Charlie Rowley, de 45 anos, atualmente em recuperação após vários dias em estado crítico por exposição ao agente neurotóxico em finais de junho passado.

A 30 de junho, Charlie Rowley e a sua namorada, Dawn Sturgess, de 44 anos, foram encontrados inconsciente em Amesbury, uma pequena cidade do sul de Inglaterra a uma dezena de quilómetros de Salisbury, localidade onde Serguei Skripal e a filha Yulia foram envenenados a 04 de março.

Dawn Sturgess acabaria por morrer a 08 de julho, pouco mais de uma semana depois de ter estado exposta ao agente neurotóxico.

As autoridades britânicas acreditam que o casal terá encontrado e manuseado de forma acidental uma garrafa contaminada com 'novichok'.

Os contentores de lixo enviados hoje para testes laboratoriais foram retirados junto de lojas em Salisbury.

Em declarações à emissora ITV, Charlie Rowley relatou que a namorada colocou nos pulsos um líquido oleoso que estava dentro da garrafa e que desmaiou poucos minutos depois.

O homem disse ainda ter colocado um bocado da substância nas mãos, mas que as lavou de imediato.

O caso Skripal provocou uma crise diplomática que se traduziu numa ação coordenada inédita para a expulsão de diplomatas russos de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e dois terços dos países membros da União Europeia (UE), a que a Rússia respondeu com a expulsão de diplomatas ocidentais.

O Reino Unido mantém que o ataque contra os Skripal foi ordenado pelo Governo russo, uma acusação que continua a ser recusada por representantes do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha Yulia Skripal foram hospitalizados em estado crítico, mas sobreviveram e acabaram por ter alta médica depois de várias semanas de internamento.

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