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Começa repatriação de restos mortais de soldados da guerra da Coreia

O Comando das Nações Unidas (UNC), liderado pelo exército dos Estados Unidos, realizou hoje uma cerimónia solene para repatriar os restos mortais de 55 soldados norte-americanos mortos na Guerra da Coreia recentemente devolvidos pela Coreia do Norte.

Começa repatriação de restos mortais de soldados da guerra da Coreia
Notícias ao Minuto

12:03 - 01/08/18 por Lusa

Mundo Estados Unidos

A cerimónia foi realizada na base aérea de Osan, a 70 quilómetros ao sul de Seul, cinco dias após o regime de Pyongyang permitir que um avião norte-americano pousasse na localidade norte-coreana de Wonsan, recolhesse os restos mortais dos soldados e voltasse para a Coreia do Sul.

A entrega foi acordada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante a cimeira realizada a 12 de junho, em Singapura, em que ambos assinaram uma declaração para melhorar as relações entre os dois países e para trabalhar sobre a desnuclearização da península.

"Os mortos da Guerra da Coreia (1950-1953) nunca foram esquecidos pelos Estados Unidos ou pelos outros 16 países que compunham o UNC (nações que apoiaram os norte-americanos durante esta guerra). O Comando nunca deixa soldados para trás, vivos ou mortos, e continuará a missão de repatriação até que cada soldado retorne para casa", explicou a UNC num comunicado.

Cerca de 500 pessoas participaram na cerimónia, incluindo o comandante da UNC, Vicent Brooks, o embaixador dos Estados Unidos na Coreia do Sul, Harry Harris, e o ministro da Defesa sul-coreano, Song Young-moo.

Concluído o ato, espera-se que os restos mortais sejam enviados para o Havai, onde está a sede da Agência de Contabilização de Desaparecidos em Combate e Prisioneiros de Guerra do Departamento de Defesa (DPAA), que será responsável pela identificação das ossadas.

O processo de identificação deve levar pelo menos alguns meses, segundo os especialistas.

Entretanto, as primeiras avaliações sugerem que é "provavelmente espólio norte-americano", disse John Byrd, diretor de análise científica da DPAA.

"Os restos são consistentes com os restos mortais que já recuperámos na Coreia do Norte (...) no passado", disse Byrd a jornalistas na base militar de Osan.

Desde 1990, os restos mortais de 629 americanos que morreram na Coreia do Norte foram devolvidos às suas famílias, segundo a UNC.

Mais de 36.000 militares dos Estados Unidos morreram na Guerra da Coreia e cerca de 7.700 desapareceram, dos quais 5.300 estavam supostamente a norte do 38.º paralelo.

Com este gesto simbólico, a Coreia do Norte procura convencer os Estados Unidos da necessidade de assinar um tratado de paz para substituir o cessar-fogo que pôs fim ao conflito, um documento que o regime de Kim considerada chave para a sua sobrevivência.

No entanto, Washington mostrou dúvidas sobre este tratado de paz e parece estar a esperar primeiro por ações concretas de Pyongyang que apontem para um compromisso real de abandonar o seu programa nuclear.

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