"Conluio não é crime", diz Trump no dia que Manafort começa a ser julgado
O presidente norte-americano continua a dizer, no entanto, que a sua administração não conspirou com a Rússia para influenciar o resultado das eleições de 2016.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esta terça-feira que o "conluio não é crime", garantindo, em seguida, que tal não é problema, porque a sua administração não teve qualquer ligação com Moscovo na alegada interferência russa nas presidenciais norte-americanas.
"O conluio não é um crime, mas isso não importa, porque não houve nenhum conluio (exceto pela Hillary mentirosa e pelos Democratas)", escreveu Trump na rede social Twitter.
As declarações do presidente norte-americano referiam-se à alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, que acabaram por dar a vitória a Trump.
O presidente nega qualquer ligação com Moscovo, apesar das provas em contrário serem cada vez mais.
Collusion is not a crime, but that doesn’t matter because there was No Collusion (except by Crooked Hillary and the Democrats)!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 31, 2018
Como nota a Reuters, o conluio, por si só, não é, tecnicamente um crime. O procurador-especial Robert Mueller poderá chegar a conclusões que podem levar a acusações baseadas na tentativa de conspiração para influenciar o resultado das eleições.
As declarações de Donald Trump surgem no mesmo dia em que o seu antigo diretor de campanha Paul Manafort começa a ser julgado pela justiça norte-americana.
O julgamento resulta da investigação de Robert Mueller, apesar de, nesta primeira fase, Manafort, de 69 anos, não ser interrogado, sobre o seu alegado envolvimento com Moscovo para a tentativa de influenciar as eleições norte-americanas a favor de Trump.
Manafort está acusado de 18 crimes, a maioria centrada nos cerca de 60 milhões de dólares que o ex-diretor de campanha terá ganhado a trabalhar para políticos pró-Rússia na Ucrânia.
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