Os protestantes marcharam hoje em Telavive e em outras cidades israelitas, exibindo bandeiras com as sete cores do arco-íris - símbolo da comunidade LGBT (lésbicas, 'gays', bissexuais e transexuais) - e bloquearam, inclusive, uma autoestrada durante algum tempo.
A comunidade contesta a legislação apoiada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que prevê a sub-rogação para pais homossexuais.
O chefe do Governo de Israel acabou por votar contra, alegadamente sob a pressão dos parceiros de coligação ultraortodoxos.
Os protestos evoluíram para um alerta sobre a igualdade, considerando que a legislação aprovada parece ter como alvo o liberalismo israelita.
As manifestações foram amplamente apoiadas por centenas de entidades patronais que permitiram funcionários observar e participar nos protestos sem penalizações.
Ainda para hoje está programado um comício, na Praça Rabin, em Telavive.
A nova lei de Nação-Estado protege a identidade judaica de Israel e estabelece que apenas os judeus têm direito à sua autodeterminação, além de estabelecer o hebraico como o único idioma estatal, relegando o árabe, idioma co-oficial até agora a 'categoria especial'", disse.
A União Europeia expressou já preocupação pela aprovação da Lei Básica da Nação-Estado pelo parlamento israelita, mas escusou-se a condenar a lei que consagra Israel como nação judaica, "lar nacional" do povo judaico, e o hebraico como única língua oficial.
O parlamento israelita aprovou na semana passada uma controversa lei que consagra Israel como nação judaica, "lar nacional" do povo judaico e o hebraico como única língua oficial.
Após um intenso debate que se prolongou até esta madrugada, a lei foi aprovada com 62 votos a favor e 55 contra, envolta em grande controvérsia, já que para alguns setores políticos foi considerada discriminatória. Muitos dos deputados árabes israelitas não participaram na votação.
Até aqui, a menção direta à identidade judaica tinha sido sempre evitada devido à existência de outras culturas e religiões no país, que vivem em Israel desde a sua criação, em 1948, e que representam cerca de 20% da população.
De acordo com a nova legislação, "os árabes terão uma categoria especial, todos os judeus terão o direito de migrar para Israel e obter a cidadania de acordo com as disposições da lei, o Estado agirá para reunir os judeus no exílio".