Seul desencoraja consumo de carne de cão com este patudo presidencial
Há cerca de um milhão de cães a serem mortos todos os anos para consumo no país.
© CARE
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A carne de cão tem feito parte da cozinha da Coreia do Sul desde há longos anos, com cerca de um milhão de cães a serem mortos todos os anos para esse efeito. No entanto, o consumo tem diminuído e é visto como uma espécie de tabu entre as gerações mais novas.
De forma a desencorajar a prática, a associação animal Coexistence of Animal Rights on Earth (CARE) lançou uma campanha a que Tori, o cão do presidente Moon Jae-in, dá o focinho.
O pequeno cão cinzento, quase preto, tinha sido "abandonado, maltratado e criado para ser comido antes de ter sido resgatado" e mais tarde adotado por Moon Jae-in, explicou Park So-Youn da associação.
Como parte da campanha organizada pela CARE foram mandados fazer peluches parecidos com Tori, que seguram um coração com a mensagem: 'Não sou comida'.
Esta campanha é especialmente importante nesta altura, pois decorre durante um período em que os sul-coreanos tradicionalmente comem sopa de carne de cão por acreditarem que ajuda a suportar o calor do verão.
O dinheiro angariado com a venda dos bonecos, que custam pouco mais de 20 euros, vai ser usado para resgatar cães maltratados ou abandonados.
Ao adotar Tori, o presidente sul-coreano cumpria uma das promessas de campanha a que se propôs consciencializar as pessoas para o número cada vez mais elevado de animais abandonados.
"O presidente Moon Jae-in e a esposa Kim Jung-sook revelaram estar muito satisfeitos por Tori ter mudado completamente. Ele parecia ansioso e triste quando chegou ao pé deles da primeira vez, mas agora é possível ver que está muito contente e feliz", explicou Park So-Youn.
Tori tornou-se o primeiro cão vindo de um abrigo de animais a tornar-se um patudo presidencial. Mas não está sozinho, com ele vive ainda Maru, um cão de raça Pungsan, uma raça tipicamente coreana, e Jjing-jing, um gato de rua que foi acolhido.
Recorde-se que já no mês passado um tribunal da Coreia do Sul proibiu a prática de matar cães exclusivamente por causa da sua carne, numa decisão que poderá ter sido o primeiro passo para tornar ilegal o próprio consumo de carne de cão.
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