Trump diz que se enganou numa palavra ao falar sobre ingerência russa
De volta à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos volta atrás com o seu discurso de Helsínquia.
© Getty Images
Mundo Estados Unidos
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que se enganou numa palavra quando referiu, em Helsínquia, que não entendia por que a Rússia teria interferido nas eleições de 2016 nos EUA. De regresso à Casa Branca, Donald Trump afirmou que a sua intenção era afirmar que não via os motivos porque a Rússia "não será" responsável.
"Numa frase muito importante do meu discurso, disse a palavra 'será' ao invés de 'não será'. A frase devia ser: 'Não vejo razão porque não será a Rússia [responsável pela ingerência nas eleições]'", afirmou Trump, em conferência de imprensa (pode ver abaixo).
O Presidente norte-americano afirmou ainda que aceita as conclusões das agências de inteligência do país sobre a alegada ingerência da Rússia nas eleições presidenciais em 2016, apesar de negar que a sua campanha tenha colaborado nessas ações.
Donald Trump falou um dia depois da reunião que teve com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Helsínquia, tendo sido alvo de várias críticas em relação às suas declarações na conferência de imprensa conjunta.
BREAKING: President Trump claims he misspoke while discussing election meddling during news conference with Putin: "In a key sentence in my remarks, I said the word 'would' instead of 'wouldn't.' ... The sentence should've been: 'I don’t see any reason why it wouldn’t be Russia'" pic.twitter.com/2bA9EionD1
— NBC News (@NBCNews) 17 de julho de 2018
Em Helsínquia, Trump não condenou a alegada ingerência da Rússia nas eleições presidenciais e recusou-se a afirmar se acreditava mais nas agências de inteligência americanas do que na Rússia.
Na segunda-feira, em Helsínquia, Vladimir Putin disse que queria que Donald Trump vencesse a eleição presidencial de 2016, mas rejeitou que tenha tomado alguma atitude durante a campanha eleitoral para que isso acontecesse.
Putin referiu que pretendia a vitória de Donald Trump devido às suas políticas.
Donald Trump reafirmou que não houve "conluio" entre a sua campanha e os russos. Também Vladimir Putin negou tudo, durante a conferência de imprensa conjunta dos dois líderes.
"Fizemos uma campanha brilhante, por isso é que eu sou o Presidente", afirmou Trump.
Putin salientou que a alegada ingerência da Rússia nas eleições é "um disparate", garantindo que a Rússia nunca interferiu e nunca vai interferir no processo eleitoral norte-americano.
Na sexta-feira, o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, revelou a acusação a 12 oficiais de inteligência russa, por práticas de pirataria informática no ato que elegeu Donald Trump para a Presidência.
De acordo com informação do procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, os russos foram indiciados de pirataria, numa investigação sobre a possível coordenação entre a campanha de Donald Trump e a Rússia.
Anteriormente, 20 pessoas e três empresas tinham já sido indiciadas na investigação à alegada ingerência russa nas últimas eleições, que o procurador especial Robert Mueller lidera.
Isso inclui quatro ex-elementos da campanha de Trump e assessores da Casa Branca e 13 russos acusados de participar numa campanha de redes sociais, para influenciar a opinião pública norte-americana na eleição de 2016.
O encontro entre os dois presidentes realizou-se no Palácio Presidencial em Helsínquia, no centro da capital finlandesa, que tem uma longa tradição no acolhimento de cimeiras Leste-Oeste.
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