HRW pede ao Líbano que investigue alegações de tortura feitas por ator
A organização Human Rights Watch (HRW) pediu hoje às autoridades libanesas uma investigação imparcial às alegações de tortura feitas por Ziad Itani, ator libanês detido no país no último ano.
© iStock
Mundo Human Rights Watch
"As denúncias de Itani de tortura e desaparecimento exigem uma investigação exaustiva e imparcial sobre a forma como foi tratado pelas forças de segurança durante a sua detenção", afirmou Lama Fakih, diretora-adjunta para o Médio Oriente da HRW, em comunicado.
O ator assegura que, depois da sua detenção em novembro de 2017, homens vestidos à civil bateram-lhe repetidamente, ataram-no em posições stressantes, "ameaçaram violá-lo e ameaçaram a sua família com violência física e ações legais".
Itani foi detido sob suspeita de ser um espião para Israel, uma acusação que, segundo a HRW, o ator foi obrigado a confirmar de modo a acabar com as torturas a que era submetido.
No passado dia 24 de maio, Riad Abu Ghaida, juiz de instrução militar, encerrou o caso e acusou duas pessoas de testemunhos falsos, após a libertação de Itani a 13 de março.
O ator falou com a HRW pouco depois da sua libertação, mas pediu que a organização não revelasse a sua história até agora.
"A tortura não é só ilegal, como também pode conduzir a confissões falsas. Este caso apresenta-se como uma prova decisiva para determinar se o Líbano porá fim à impunidade ou se tal ficará apenas no papel".
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