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Cimeira entre Trump e Putin começou com "coisas importantes para falar"

O encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin realiza-se na residência oficial do chefe de Estado da Finlândia, Sauli Niinisto e será seguido de um almoço de trabalho.

Cimeira entre Trump e Putin começou com "coisas importantes para falar"
Notícias ao Minuto

12:28 - 16/07/18 por Sara Gouveia com Lusa

Mundo Helsínquia

É a primeira vez que os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia se encontram para uma cimeira, apesar de esta ser a terceira vez que se reúnem, pois já tiveram conversações bilaterais noutros eventos internacionais.

Donald Trump e Vladimir Putin estão reunidos em Helsínquia, na Finlândia, na residência oficial do chefe de Estado da Finlândia, Sauli Niinisto e terão de seguida um almoço de trabalho, com a presença do secretário de Estado, Mike Pompeo, e o embaixador dos Estados Unidos na Rússia, Jon Huntsman.

Durante a conferência de imprensa conjunta com os jornalistas Donald Trump foi o primeiro a tomar a palavra felicitando o presidente russo pela organização do Mundial. "Quero felicitá-lo por um dos melhores campeonatos do Mundo", disse.

"Há coisas muito importantes para falar, há discussões desde o comércio, as armas nucleares, vamos falar um pouco da China, do nosso amigo mútuo, o presidente Xi [Jinping]", continuou.

Com Putin a seu lado, o presidente norte-americano fez questão de sublinhar a importância do encontro: "É uma ótima oportunidade para nos reunirmos, dois países que não se têm dado muito bem durante os últimos anos. Penso que é altura para estreitarmos alguns laços. Dar-nos bem com a Rússia é uma coisa boa".

O líder norte-americano acrescentou ainda que crê que o mundo quer que as "duas grandes potências nucleares" se dêem bem. "Detemos 90% do poder nuclear existente. Não é uma coisa boa, é uma coisa má e esperamos poder fazer alguma coisa quanto a isso", reconheceu.

"Estou muito satisfeito por o encontrar", disse Putin, referindo de seguida que "chegou a altura de falar longamente, tanto das relações bilaterais como dos diferentes pontos de tensão no mundo e são bastantes para lhes prestarmos atenção".

Trump referiu-se ainda à discussão que terá lugar a seguir como sendo "muito frutífera" e que tem como objetivo "chegar a algumas respostas", prosseguindo para dar um aperto de mão a Putin.

O início das conversações ficou assim marcado pelas palavras do presidente norte-americano lado a lado com o homólogo russo. Vladimir Putin também falou, mas em russo com tradução simultânea, sendo que as suas declarações não foram percetíveis no imediato. Espera-se ainda que a situação na Síria, na Ucrânia e no Médio Oriente, sejam também temas abordados.

De fora da lista parecem ter ficado temas polémicos como a investigação à alegada interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 e que, na sexta-feira passada, acusou 12 oficiais de inteligência russa, por práticas de pirataria informática.

No final do encontro privado entre os dois líderes, para o qual a Casa Branca tinha previsto 90 minutos e que acabou por durar mais de duas horas, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que ele e o homólogo russo, Vladimir Putin, tiveram um "começo muito bom" na cimeira em Helsínquia. Após o almoço, espera-se uma conferência de imprensa conjunta.

Helsínquia tem uma longa tradição de acolhimento de encontros entre presidentes norte-americanos e russos, este é o quarto par depois de Gerald Ford e Léonid Brejnev (1975), George Bush e Mikhail Gorbatchev (1990) e Bill Clinton e Boris Ieltsin (1997).

[Notícia atualizada às 15h30]

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