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Moçambicano condenado a oito penas de prisão perpétua

Um cidadão de nacionalidade moçambicana foi condenado a oito penas de prisão perpétua por violação e tráfico de menores na África do Sul, noticiou a imprensa sul-africana.

Moçambicano condenado a oito penas de prisão perpétua
Notícias ao Minuto

23:41 - 13/07/18 por Lusa

Mundo África do Sul

Ao condenar Raul Balele, de 47 anos, a prisão perpétua, por sete acusações de estupro e uma por tráfico de seres humanos, o juíz Vincent Ratshibvumo, citado pelo diário Citizen, disse que "teria aplicado uma sentença ainda mais severa se a lei o permitisse".

De acordo com a acusação, o cidadão moçambicano manteve cativa uma jovem de 15 anos trancada em casa como escrava sexual desde 2015, que violou repetidamente com mais outras três menores, na altura com nove e sete anos.

"O acusado representa uma humilhação para nós, homens, porque em resultado das suas acções, as crianças desconfiam de nós e fogem quando nos vêem, julgando que pode ser outro Balele", disse o juíz, na leitura da sentença.

"É preciso que a sociedade saiba que a prisão perpétua será imposta a qualquer um que não respeite os direitos dos nossos filhos", afirmou.

Segundo a acusação, o caso remonta a 2015, quando uma ex-namorada abriu um processo judicial contra Raul Balele, quando o encontrou a fazer sexo com sua filha de 11 anos.

"Descobriu-se então que esta não era a primeira vez que violava sexualmente a criança, que o considerava como um pai, mas que o fizera em muitas ocasiões, não só com a menor, mas também com duas meninas amigas da criança", referiu.

As autoridades sul-africanas encerram o caso porque não conseguiram localizar o suspeito, mas 10 meses depois, adianta a fonte, Balele "traficou uma jovem familiar de 15 anos de Moçambique para vir viver e ficar com ele como sua escrava sexual".

O acusado manteve a jovem cativa e violou-a em várias ocasiões, refere a acusação.

Adianta que a rapariga já estava grávida de Raul Balele quando conseguiu escapar.

O juíz Ratshibvumo disse que Balele quebrou a confiança da rapariga que o reverenciava como uma figura paterna e questionou "como é que um homem pode estar tão desesperado por sexo ao ponto de tirar a virgindade a um familiar?".

"Ela têm agora que viver com as consequências do crime para toda a vida", adiantou.

O juíz considerou ainda "infeliz" o facto de "alguns membros da família de Balele terem culpado a vítima e a sua mãe, pelos actos do acusado para satisfazer os seus desejos sexuais descontrolados".

"[Raul] Balele era claramente um predador de crianças e a sociedade merece viver num ambiente sem criminosos como ele", concluiu o juíz sul-africano.

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