"Todos os aliados ouviram alto e claro a mensagem de Trump"
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que todos os 29 Estados-membros da Aliança ouviram "alto e claro" a mensagem do Presidente norte-americano sobre o investimento militar e que as conversas foram "francas".
© Reuters
Mundo NATO
"Todos os aliados ouviram alto e claro a mensagem do Presidente Trump", afirmou Stoltenberg durante a conferência de imprensa que se seguiu à cimeira da NATO, realizada na quarta e quinta-feira em Bruxelas, na Bélgica.
O secretário-geral, citado pela agência espanhola EFE, esperava desde o início da semana conversações "francas" sobre os investimentos militares e reiterou que foi "exatamente" o que aconteceu entre os membros da NATO, sendo aquilo "que se faz entre amigos e aliados".
Jens Stoltenberg afirmou que a posição de Donald Trump tem tido impacto na NATO, sendo visível a inversão na tendência de cortes nas Forças Armadas: "entendemos que este Presidente norte-americano leva muito a sério o gasto com a Defesa e isso está a ter um claro impacto".
Desde a intervenção de Donald Trump na cimeira mundial da NATO em maio de 2017, os aliados europeus e o Canadá destinaram mais de 40 mil milhões de dólares com propósitos militares.
Numa conferência de imprensa anterior à cimeira, Donald Trump afirmou que os Estados-membros da NATO contribuíram com 33 mil milhões de dólares para os gastos da defesa, embora na quarta-feira tenha assegurado que o investimento tenha sido de 40 mil milhões, considerado pelo norte-americano um "passo, mas um passo muito pequeno".
Donald Trump e Jens Stoltenberg concordaram que os valores podiam ultrapassar esse número.
Stoltenberg afirmou ainda que os Estados-membros mantinham uma sensação de não ter concluído a conversação sobre a carga financeira, visto que a agenda de quinta-feira foi interrompida, mas avaliou o encontro como "uma boa cimeira".
"Tivemos uma boa cimeira não porque tudo tenha sido prescrito, mas porque foi uma discussão aberta e boa em que mantivemos uma troca de argumentos e pontos de vista sinceros e respeitosos", comentou o secretário-geral.
Stoltenberg sublinhou que as diferentes posições dos Estados-membros não significam problemas, enquanto for possível tomar decisões e indicou que a necessidade de investir mais na defesa deve-se ao facto de o mundo atual ser "mais perigoso e imprevisível", acrescentando que qualquer investimento adicional dos países que não cumpriram o objetivo de 2% do PIB melhora a distribuição da carga financeira.
Em 2014, na cimeira no País de Gales, os Estados-membros chegaram ao compromisso de destinar 2% do PIB nacional ao setor da defesa no período de dez anos.
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