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Militares envolvidos na tentativa de golpe condenados a prisão perpétua

Um tribunal turco condenou hoje a prisão perpétua dezenas de militares considerados culpados de envolvimento nos sangrentos confrontos numa das principais pontes de Istambul na noite do golpe fracassado de 2016.

Militares envolvidos na tentativa de golpe condenados a prisão perpétua
Notícias ao Minuto

13:31 - 12/07/18 por Lusa

Mundo Turquia

A agência estatal Anadolu referiu que 72 pessoas, incluindo um tenente-coronel, foram consideradas culpadas de "tentativa de alteração da ordem constitucional" e condenadas a penas de prisão perpétua.

Em paralelo, outros 27 acusados receberam sentenças superiores a 15 anos de prisão por "cumplicidade por tentativa de alteração da ordem constitucional", de acordo com o veredicto que ocorre a três dias da comemoração do segundo aniversário do golpe de 15 para 16 de julho.

Este julgamento insere-se nas centenas de processos judiciais que decorrem por todo o país após a tentativa de golpe de Estado militar que pretendia depor o Presidente, Recep Tayyip Erdogan.

Os factos hoje julgados referem-se a um dos principais episódios do golpe de força e que decorreu no tabuleiro de uma das três pontes que atravessam o estreito do Bósforo, em Istambul.

Na noite de 15 para 16 de julho, dezenas de militares apoiados por tanques assumiram o controlo da ponte do Bósforo durante algumas horas, e dispararam sobre os civis que se dirigiam em sua direção numa ação de protesto.

A rendição destes soldados no início da manhã de 16 de julho assinalou o falhanço do golpe.

Segundo a ata de acusação, 32 civis e dois polícias que se opuseram aos golpistas foram mortos nessa ponte, depois rebatizada "Ponte dos mártires do 15 de julho".

Ancara atribui a tentativa de golpe ao predicador Fetullah Gülen, autoexilado nos Estados Unidos desde 1999 e que tem negado qualquer envolvimento.

As autoridades turcas desencadearam purgas sem precedentes dirigidas aos presumíveis colaboradores e seguidores de Gülen, em particular no funcionalismo público, mas que também se estenderam aos setores da oposição de esquerda e pró-curda, e a jornalistas críticos.

Desde o golpe de Estado fracassado já foram detidas cerca de 77.000 pessoas e 150.000 despedidas ou suspensas.

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