Conselho de Estado moçambicano condena ataques armados no norte do país
O Conselho de Estado (CE) de Moçambique condenou na quarta-feira os ataques que têm sido protagonizados por homens armados na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, defendendo a necessidade de um estudo profundo sobre as causas da violência.
© Lusa
Mundo Moçambique
Numa nota distribuída hoje, a Presidência da República diz que os membros do CE repudiaram os atos bárbaros, desumanos, cruéis e sem piedade contra populações indefesas de Cabo Delgado.
"O órgão saudou a tenacidade e a bravura das Forças de Defesa e Segurança na pronta intervenção para a reposição da ordem, segurança e tranquilidade pública", refere a nota.
O Conselho de Estado, órgão de consulta do chefe de Estado, saudou as populações dos distritos assolados pelos ataques, reconhecendo o seu mérito pela entrega e colaboração com as Forças de Defesa e Segurança e autoridades locais, na vigilância e no fornecimento de informações com vista a combater os grupos armados.
As comunidades devem sensibilizar os filhos a não aderirem a atos de violência, acrescenta a nota.
Na noite de terça-feira, um grupo armado matou duas pessoas, feriu dois agentes das autoridades e roubou armamento em Quisingule, aldeia remota do norte de Moçambique, disseram à Lusa residentes.
A povoação situa-se a 12 quilómetros do posto fronteiriço com a Tanzânia, em Namoto.
O ataque à aldeia, no distrito de Palma, cerca de dois mil quilómetros a norte da capital, Maputo, aconteceu pelas 22:00 e as mesmas fontes referem que os atacantes roubaram armamento não especificado às forças de defesa e segurança moçambicanas que ali estavam estacionadas.
Só na mais recente vaga de violência, desde 27 de maio, morreram pelo menos 40 habitantes, 11 supostos agressores e dois elementos das forças de segurança, segundo números das autoridades e testemunhos da população à Lusa.
Povoações remotas da província de Cabo Delgado, situada entre 1.500 a 2.000 quilómetros a Norte de Maputo, têm sido saqueadas com violência por desconhecidos nos últimos noves meses.
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