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No dia 1, mergulhador fez este pedido urgente… e os rapazes tão perto

“Entre a espada e a parede”. O evoluir do resgate pelos olhos de um mergulhador mostra como o sucesso da operação foi resultado de um esforço e dedicação incansáveis.

No dia 1, mergulhador fez este pedido urgente… e os rapazes tão perto
Notícias ao Minuto

20:45 - 11/07/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Tailândia

Mikko Paasi, natural da Helsínquia, foi um dos mergulhadores internacionais envolvido no resgate da equipa juvenil de futebol presa mais de duas semanas na caverna de Tham Luang, na Tailândia.

No decorrer dos trabalhos, que esta terça-feira terminaram com sucesso, o mergulhador foi utilizando o seu perfil de Facebook para documentar a experiência, desde que foi chamado até chegar ao local, levantando o véu sobre o processo e dando algumas indicações sobre o estado de espírito que se vivia no evoluir da operação.

No dia 1 de julho, oito dias depois dos jovens terem sido dados como desaparecidos, Mikko fez a sua primeira publicação, antes de chegar à Tailândia, onde pedia ajuda internacional. “Tham Luang precisa urgentemente de voluntários de mergulho FORTES”, escreveu no início de uma publicação onde publicou uma ilustração do trilho que já havia sido percorrido até então.

Algo que salta à vista nesta publicação é, precisamente, a extensa lista de exigências que eram pedidas a quem quisesse ir à Tailândia ajudar nas buscas. Mikko, que, com certeza, partilhava os requisitos que lhe tinham sido passados pelas autoridades tailandesas, começa por explicar que “competência é obrigatória”, antes de acrescentar que era preciso ser-se capaz de transportar “equipamento de mergulho, comida, água potável, kit’s de primeiros socorros”, num percurso de “aproximadamente três quilómetros” até à câmara número 3, onde estava instalada uma base para os mergulhadores da Marinha tailandesa.

É importante perceber-se que, nesta altura, os rapazes ainda não tinham sido descobertos e estavam depois da zona indicada a vermelho na ilustração, Pattaya Beach, que ainda não tinha sido alcançada - dois mergulhadores britânicos chegaram lá no dia seguinte, enquanto se instalava um cabo de orientação.

Para ter uma ideia das condições em que estes homens se voluntariaram, numa missão que sempre correu contra o tempo, leia-se o seguinte: “Devem estar preparados para se mobilizarem o mais rápido possível e não há orçamento para viagens nem alojamento, mas os locais são muito amáveis e podem fornecer comida e bebida sem custo”.

Um dia depois, 2 de julho, o mergulhador partilha que está de viagem para o local, a partir de Malta. No mesmo dia, anuncia que os rapazes foram encontrados, o que depois se confirmou ter sido por três mergulhadores britânicos.

Após a descoberta dos 12 rapazes e do seu treinador, seguiu-se mais uma semana de trabalho. No dia 7, um dia antes de saírem os primeiros quatro rapazes, Mikko partilhou uma imagem da preparação para o resgate. “A preparação para trazer estes miúdos para casa”, escreveu.

No dia 8, na proximidade do início da primeira fase da operação de resgate, o mergulhador mostrava preocupação. “Entre a espada e a parede”, escreveu, colocando ‘emojis’ que representam esperança.

Esta segunda-feira, já próximo do início da segunda fase da missão de resgate, publicou imagens do equipamento após o trabalho. “Obrigado a todos pelo apoio, é muito importante para nós. Duche rápido e de volta ao trabalho. Ainda bem que as condições [meteorológicas] continuam boas no final da operação”, escreveu.

A última imagem publicada, na terça-feira, último dia das operações, denota um claro alívio. Mikko partilhou uma imagem com sorrisos, anunciando o resgate de todos os rapazes. “’Aqueles que dizem que não pode ser feito, não devem interromper quem o está a fazer’. As 13 crianças estão cá fora, sãs e salvas”, escreveu.

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