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Capital do Haiti de novo palco de pilhagens

A capital do Haiti foi hoje de novo palco de pilhagens, num dia em que os habitantes estavam a tentar voltar à normalidade após dois dias de violência, desencadeada pelo anúncio, entretanto suspenso, do aumento dos combustíveis.

Capital do Haiti de novo palco de pilhagens
Notícias ao Minuto

17:35 - 08/07/18 por Lusa

Mundo Combustíveis

Os manifestantes também anunciaram uma greve geral de dois dias a partir de segunda-feira, exigindo a saída imediata do Presidente, Jovenet Moise.

As pilhagens aconteceram no centro de Port-au-Prince, no bairro de Delmas, de acordo com os jornalistas da agência de notícias France Press. Nos arredores da capital estavam hoje a ser construídas novas barricadas.

"Eu acuso os manifestantes, mas é a realidade do país: a partir do momento em que vivemos no Haiti estamos zangados, frustrados com a maneira como as coisas são geridas pelos políticos", disse Alphonse Charles, um habitante de Port-au-Prince, enquanto tirava fotografias aos restos do seu carro queimado, perto de uma das muitas lojas saqueadas e queimadas.

Várias companhias aéreas, como a American Airlines ou a Air France, cancelaram os voos de sábado e de hoje de manhã, podendo prolongar a situação, por falta de pessoal para assegurar os serviços no aeroporto.

Apesar da violência hoje muitos habitantes tentaram retomar a vida normal, sendo visíveis muitos vendedores de frutas e legumes.

No sábado, o primeiro-ministro, Jack Gay Lafontant, anunciou a suspensão, até ordem em contrário, da subida do preço dos combustíveis, a medida que provocou uma escalada de violência no país.

Pouco antes do anúncio, o presidente da Câmara dos Deputados, Gary Bodeau, tinha emitiu um ultimato de duas horas ao Governo para reverter o aumento dos preços sob pena de o Governo ser "considerado demissionário".

Inicialmente, o primeiro-ministro tinha afirmado que o país precisava de aumentar o preço dos combustíveis para equilibrar o orçamento e não deu nenhuma indicação de que o preço iria baixar.

Pelo menos três pessoas morreram na sexta-feira, depois de os manifestantes terem queimado pneus e usado barricadas para impedir a circulação nas maiores ruas de Port-au-Prince. Alguns manifestantes tentaram também incendiar uma bomba de gasolina, mas foram impedidos pela polícia.

No sábado, várias centenas de pessoas atacaram o hotel Best Western Premiere, em Petion-Ville, um dos bairros mais ricos da capital.

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