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Jordânia recusa apelo da ONU para abrir fronteiras a sírios

A Jordânia recusou hoje o apelo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), que solicitou a entrada de dezenas de deslocados sírios pelas fronteiras do país, e exigiu maior esforço da comunidade internacional na resolução do conflito.

Jordânia recusa apelo da ONU para abrir fronteiras a sírios
Notícias ao Minuto

15:39 - 05/07/18 por Lusa

Mundo Comunidade

"O apelo da ONU à Jordânia para assegurar o refúgio dos deslocados sírios vai contra os interesses jordanos", declarou a ministra da Informação, Yumana Gunaimat, citada pela agência de notícias oficial Petra.

"A Jordânia decidiu fechar as fronteiras para salvaguardar os seus interesses de segurança e eliminar qualquer perigo que os ameace", assegurou Gunaimat.

Esta declaração surge em resposta ao apelo feito hoje pelo alto-comissário para os Refugiados, Filippo Grandi, que solicitou que fosse "concedido refúgio temporal na Jordânia a quem necessite de segurança", em referência à população síria que foi obrigada a fugir aos combates na região de Deraa, no sudoeste do país.

"A comunidade internacional e as Nações Unidas deveriam aumentar a sua ajuda humanitária aos deslocados sírios", afirmou a ministra, destacando o papel importante que ambas têm em "acabar com a violência e as mortes, e trabalhar para que se chegue a uma solução política que ponha um fim à crise no sul da Síria".

Gunaimat indicou que as autoridades jordanas continuam a desempenhar o seu "dever humanitário".

Mais de 1.000 deslocados sírios já foram assistidos medicamente na fronteira da Jordânia, sendo que a 90 foi permitida a entrada nos hospitais do país, pelas autoridades jordanas.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou hoje para os 320.000 deslocados da região de Deraa, resultado da ofensiva do regime sírio para recuperar o controlo do território aos rebeldes.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou em junho que pelo menos 132 civis foram mortos em Deraa, incluindo 25 menores e 23 mulheres, nos bombardeamentos e ataques de mísseis e artilharia efetuada por unidades russas e do regime sírio desde o início da ofensiva.

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