Trump deixa no ar possibilidade de reconhecer a anexação russa da Crimeia
O Presidente norte-americano, na sexta-feira, deixou ficar a pairar a dúvida sobre a posição dos EUA em relação à Crimeia, não excluindo claramente reconhecer a anexação desta pela Federação Russa.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
"Vamos ver", respondeu Donald Trump, quando interrogado a bordo do avião presidencial, o designado Air Force One, sobre um eventual reconhecimento pelos EUA da anexação feita pelos russos em 2014, denunciada desde então pelos EUA e pela União Europeia.
"Foi o presidente (Barack) Obama que deixou isso acontecer", disse.
Questionado sobre a sua próxima cimeira com o presidente russo, Vladimir Putin, em 16 de julho, em Helsínquia, na Finlândia, Trump garantiu que lhe vai falar "de tudo".
Evocando a Ucrânia e a Síria, também mencionou as eleições norte-americanas: "Não vemos em que é que isso interfere nas nossas eleições", afirmou Trump, cujo mandato continua sob a sombra da investigação à interferência russa na sua eleição.
O inquilino da Casa Branca levante regularmente dúvidas sobre a ingerência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016 que o conduziu ao poder.
"A Rússia continua a dizer que não interferiu nas nossas eleições", tem afirmado Trump, como o fez numa mensagem na rede social Twitter na semana passada, para procurar afastar o assunto.
Mas com esta posição parece que está a duvidar dos serviços de informações norte-americanos, que concluíram, de forme unânime, no final de 2016, pela existência de uma ingerência de Moscovo na eleição, antes de avançarem para a responsabilização direta de Putin.
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