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Pelo menos 45 mil civis fugiram dos combates no sul da Síria

Pelo menos 45.000 civis fugiram devido aos combates na província de Deraa, no sul da Síria, alvo de bombardeamentos das forças do regime de Bashar al-Assad há uma semana, anunciou hoje a ONU.

Pelo menos 45 mil civis fugiram dos combates no sul da Síria
Notícias ao Minuto

13:59 - 26/06/18 por Lusa

Mundo ONU

Na última semana, as forças lealistas intensificaram os bombardeamentos sobre o leste de Deraa, deixando antever uma vasta operação militar no sul da Síria e obrigando centenas de famílias a fugirem.

"Durante os últimos dias, um grande número de civis fugiram devido (...) a bombardeamentos e combates nesta região", disse à agência France Presse Linda Tom, porta-voz do departamento de coordenação dos assuntos humanitários da ONU (OCHA).

"Até agora não tínhamos visto um deslocamento em massa desta amplitude em Deraa", adiantou.

As forças do regime, apoiadas desde sábado por ataques aéreos russos, visaram nas últimas 48 horas bairros da cidade de Deraa, capital da província com o mesmo nome.

Pelo menos 32 civis morreram nos ataques desde 19 de junho, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), enquanto 750.000 civis que vivem nas zonas rebeldes estão em perigo devido às operações do regime, alertaram as Nações Unidas.

O OSDH indicou que na noite de segunda-feira para hoje as forças lealistas conseguiram um avanço, assumindo o controlo de duas localidades -- Basr al-Harir e Mlihat al-Atach -- e separando em dois os territórios rebeldes no leste de Deraa.

Os territórios rebeldes do sul da Síria eram objeto desde julho de 2017 de um cessar-fogo negociado por Moscovo, Washington e Amã. Desde há várias semanas que decorrem negociações entre potências regionais e internacionais para evitar uma operação militar do regime.

Os grupos rebeldes controlam 70% da província de Deraa e da vizinha Qouneitra, enquanto o regime domina a região de Soueida, a terceira deste trio que forma o sul sírio.

Deraa foi em março de 2011 o berço da contestação, cuja repressão levou à guerra da Síria, que já causou mais de 350.000 mortos e milhões de deslocados.

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