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Trump atirou rebuçados a Merkel no G7. "Não digas que não te dou nada"
Um momento bizarro entre Donald Trump e Angela Merkel na última cimeira do G7.
© Reuters
Mundo Bizarro
As relações entre a Alemanha e os Estados Unidos não estão nos melhores termos e o encontro anual que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo (G7) não veio aligeirar as tensões. No final da cimeira, recorde-se, a Angela Merkel chegou a apelidar de “deprimente” a atitude de Donald Trump em não assinar o acordo final do G7.
As decisões (e os maneirismos) do presidente norte-americano foram fazendo notícia durante toda a cimeira e ainda não cessaram. Ian Bremmer, presidente do grupo de consultoria política Eurasia, descreveu, em entrevista à CBS News, o momento tenso em que Trump terá atirado um rebuçado a Merkel.
De acordo com Bremmer, Merkel e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, estavam a pressionar Trump diretamente” para que este assinasse “o comunicado [do G7]”.
“Trump estava ali sentado com os braços cruzados, claramente descontente com o facto de estarem todos contra ele. Ele eventualmente concordou e disse ‘ok, eu assino’ [acabou por não assinar]. Nesse momento levantou-se, levou a mão ao bolso do casaco e tirou dois caramelos de fruta Starbust, atirou-os para a mesa e disse à Merkel: ‘Toma, Angela. Não digas que nunca te dou nada’”.
WATCH: @IanBremmer describes exchange between Chancellor Merkel and Pres. Trump at #G7 summit: "He stood up, he put his hand in his pocket... and he took two Starbursts candies out, threw them on the table and said to Merkel, 'Here, Angela. Don't say I never give you anything.'" pic.twitter.com/LfTWerxsNK
— CBS This Morning (@CBSThisMorning) 20 de junho de 2018
O presidente dos Estados Unidos voltou, depois, atrás com a sua palavra e até ameaçou o Canadá com mais taxas. As tensões com Merkel adensaram-se, tendo a chanceler desmentido recentemente afirmações de Trump, que davam conta de que a criminalidade na Alemanha teria aumentado 10% desde a chegada de centenas de milhares de refugiados ao país.
Esta foi a segunda participação de Trump no G7, um encontro informal que acontece todos os anos desde 1975 com uma presidência rotativa do Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido e que muitas vezes promove encontros bilaterais entre líderes.
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