Venezuela: Perto de 400 pessoas por dia passam para o Brasil
O eurodeputado Francisco Assis (PS), que inicia no dia 25 uma missão ao Brasil para verificar a situação dos refugiados da Venezuela naquele país, disse hoje à Lusa que passam a fronteira "perto de 400 refugiados por dia".
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Mundo Francisco Assis
"Autoridades brasileiras dizem-nos que só no estado de Roraima vivem mais de 60 mil refugiados e que perto de 400 venezuelanos atravessam a fronteira todos os dias", disse à Lusa o eurodeputado, que chefia a missão do Parlamento Europeu (PE) ao Brasil.
"O Brasil tem sido uma das portas de saída dos emigrantes, que entre 2015 e 2017 registou um crescimento de 922% das entradas provenientes da Venezuela", acrescentou Assis, adiantando que, segundo dados do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), desde 2014 já fugiram da Venezuela mais de um milhão e meio de pessoas.
Além da visita à fronteira com a Venezuela, para verificar as condições humanitárias dos refugiados venezuelanos, a delegação do Parlamento Europeu irá ter encontros com a governadora do Estado de Roraima, Suely Campos, e com a prefeita da cidade da Boa Vista, Teresa Surita.
Os eurodeputados irão reunir-se com várias organizações presentes na Boa Vista, como a Cruz Vermelha, o ACNUR e os representantes da Operação Acolhida, montada pelo Ministério da Defesa brasileiro e que dá apoio aos migrantes oriundos da Venezuela.
Para fazer face ao fluxo de migrantes oriundos da Venezuela, o Governo Federal brasileiro criou o Comité Federal de Assistência Emergencial aos Imigrantes Venezuelanos.
A delegação chefiada por Assis, cuja missão termina em 29 de junho, segue depois para Brasília onde irá reunir-se, entre outros, com representantes do referido comité federal, com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e com o chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha.
Paralelamente a esta missão, o PE envia também uma outra delegação de eurodeputados à Colômbia, país que tem sido um dos mais atingidos pelo recente fluxo de migração venezuelana, chefiada pelo eurodeputado conservador espanhol Agustín Díaz de Mera.
A União Europeia, recorde-se, já aprovou pacotes de ajuda à Colômbia para ajuda humanitária e proteção a deslocados.
A Venezuela enfrenta uma crise política, social, económica e humanitária sem precedentes, tendo o PE aprovado várias resoluções sobre a situação.
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