O caso mais antigo resolvido pelo FBI é de uma múmia com quatro mil anos
O mistério da identidade da múmia foi resolvido depois de ser extraído ADN de um dos dentes.
© Boston Museum of Fine Arts
Mundo Estados Unidos
O FBI conseguiu resolver o mistério da identidade de uma múmia com quatro mil anos, depois de ter conseguido extrair ADN de um dos seus dentes.
Desde 1915, quando a cabeça decapitada da múmia foi descoberta num túmulo da necropolis egípcia de Deir el-Bersha, que os arqueólogos tentavam descobrir a quem pertenceria. Apesar de terem descoberto que o túmulo era de um governador chamado Djehutynakht e à sua mulher, não conseguiam saber mais.
"Nunca soubemos se era de Djehutynakht ou da sua mulher", explicou a curadora do Boston Museum of Fine Arts (MFA), Rita Freed, onde estão os conteúdos do túmulo desde 1920, à CNN.
Cem anos depois, graças à pesquisa publicada pelo FBI na revista Genes, o mês passado, podem definitivamente dizer que a cabeça era de homem e que pertencia ao governador.
"Sabemos agora que o FBI desenvolveu uma técnica para reconstruir qualquer ADN degradado. Se conseguiram reconstruir ADN de um dente com quatro mil anos, conseguem reconstruir qualquer coisa", disse Rita.
O FBI entrou em contacto com o museu atraído pela amostra estranha e em 2016 a amostra foi-lhes entregue. "Um parceiro pouco habitual", admitiu Rita.
O chefe da unidade de apoio de ADN do FBI explicou que não se tratou tanto da significância histórica da múmia, mas sim do desafio científico que esta desempenhava. "Estamos a tentar desenvolver procedimentos criminais com recurso a objetos históricos", disse Anthony Onorato, acrescentando que tal pode significar que estão "à beira de outra transição para a ciência forense".
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