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Igreja chilena alvo de buscas ligadas à investigação de abuso de menores

A Igreja Católica chilena foi alvo de buscas quarta-feira no âmbito de uma investigação sobre abuso de menores, numa operação que aconteceu em duas cidades, Santiago e Rancagua.

Igreja chilena alvo de buscas ligadas à investigação de abuso de menores
Notícias ao Minuto

06:21 - 14/06/18 por Lusa

Mundo Católica

Os promotores públicos procuraram documentos na sede do Tribunal Eclesiástico de Santiago e na diocese de Rancagua, na região de O'Higgins, na qual 14 padres estão acusados de terem tido relações sexuais com menores.

As buscas realizaram-se horas antes de dois enviados do Vaticano se encontrarem com o Procurador-Geral chileno para discutirem formas de cooperação na investigação civil e canónica.

O escândalo já levou a que 30 bispos chilenos apresentassem a sua demissão por terem falhado coletivamente em garantir a proteção das crianças abusadas.

O Procurador-Geral disse estar satisfeito com o resultado da operação e com a informação recolhida nos dois locais, enquanto o arcebispo de Santiago assegurou que foi dada toda a informação solicitada pelas autoridades.

O papa Francisco já aceitara a renúncia apresentada por três bispos do Chile na sequência do escândalo de acusações de falta de transparência da Igreja na gestão de casos de abuso sexual a menores.

Estas renúncias faziam parte de um bloco de 34 pedidos para sair da Igreja, apresentados por bispos chilenos ao Vaticano em maio, depois de reconhecerem que tinham cometido "erros e omissões graves" na investigação.

O papa Francisco aceitou a renúncia do bispo Juan Barros, de Osorno, do bispo Gonzalo Duarte, de Valparaíso, e do bispo Cristian Caro de Puerto Montt. Dos três, apenas Juan Barros, de 61 anos, está abaixo da idade de reforma, que é de 75 anos.

Juan Barros, nomeado bispo de Osorno em março de 2015, tem estado no centro do crescente escândalo do Chile e foi acusado de encobrir casos de abuso sexual a menores cometidos pelo antigo pastor da igreja El Bosque, em Santiago, Fernando Karadima.

Karadima foi condenado em 2011 pela justiça canónica a uma vida de reclusão e penitência por violações e abusos sexuais a menores.

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